O ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou nesta sexta-feira (19) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deixará o cargo. A decisão ocorre após o União Brasil impor prazo de 24 horas para que filiados pedissem exoneração de funções comissionadas no governo.
Em encontro de mais de uma hora no Palácio da Alvorada, Sabino explicou que pretende cumprir algumas agendas antes de formalizar a saída. A carta de demissão deve ser entregue após o retorno de Lula de Nova York, onde o presidente participa da Assembleia Geral da ONU.
Deputado federal pelo Pará, Sabino assumiu o Ministério do Turismo em julho de 2023 e esteve diretamente envolvido na organização da COP30, marcada para Belém. Apesar de negociações com a cúpula do União Brasil, acabou cedendo à pressão partidária.
A determinação do partido veio após reportagens apontarem suposta ligação do presidente nacional da sigla, Antonio Rueda, com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Tanto Rueda quanto o partido negam as acusações e insinuaram que o governo teria interesse político nas investigações conduzidas pela Polícia Federal.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu em rede social:
“Repudio as acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do União Brasil. O que não pode é atribuir falsamente ao governo responsabilidade por publicações que associam dirigente do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade”, escreveu.