O general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A maioria no plenário da Corte se formou com o voto do ministro Luiz Fux, nesta quarta-feira, 10 de setembro de 2025.
Braga Netto, que está preso desde dezembro do ano passado, já havia recebido votos de condenação dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, proferidos na sessão anterior. No entanto, ele foi absolvido dos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado e dano a patrimônio tombado.
O voto de Fux
O ministro Luiz Fux entendeu que o general planejou e financiou ações para a tentativa de golpe. O ministro citou um depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator, que afirmou ter recebido dinheiro de Braga Netto em uma sacola de vinho para o financiamento das ações golpistas.
Fux também destacou que uma reunião entre Braga Netto, Mauro Cid e outros militares confirma que o general planejou e financiou atos para ceifar a vida do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. “A morte violenta de um integrante da Suprema Corte seria um episódio traumático para a estabilidade política do país”, afirmou Fux.