A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI do INSS) aprovou nesta segunda-feira (1º) um pedido de envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a prisão preventiva de 21 pessoas. Elas são investigadas por suposto envolvimento na cobrança ilegal de mensalidades de aposentadorias e pensões em todo o país.
De autoria do deputado federal Alfredo Gaspar, relator da comissão, o requerimento foi aprovado por 26 votos a favor e nenhum contrário. O pedido é uma resposta aos indícios de materialidade e autoria encontrados pela Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União.
O deputado Alfredo Gaspar argumentou que a medida é necessária para garantir a coleta de provas e a aplicação da lei, já que, apesar dos indícios, nenhum dos investigados se encontra em prisão cautelar. A decisão final sobre a prisão preventiva caberá ao ministro do STF André Mendonça.
Suspeitos e Envolvidos
Entre os nomes na lista, estão o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, e o ex-procurador-geral Virgílio de Oliveira Filho.
A lista inclui ainda ex-diretores do instituto, como André Fidelis e Vanderlei Barbosa, além do advogado Eric Douglas Fidelis. Os outros investigados são Cecília Rodrigues Mota, Thaisa Hoffmann Jonasson, Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira, Alexandre Guimarães, Rubens Oliveira Costa, Romeu Carvalho Antunes, Domingos Savio de Castro, Milton Salvador de Almeida Júnior, Adelino Rodrigues Júnior, Geovani Batista Spiecker, Reinaldo Carlos Barros de Almeida, Vanderlei Barbosa dos Santos, Jucimar Fonseca da Silva, Philipe Roters Coutinho e Maurício Camisotti.