A doação de sangue em cães é um procedimento essencial na medicina veterinária e pode ser decisiva em casos de traumas graves ou doenças que comprometem as células sanguíneas. Para esclarecer o tema, o médico veterinário Thiago Borba explicou como funciona o processo, quais os critérios para que o animal seja doador e os principais cuidados para garantir a segurança.
De acordo com o especialista, a coleta é feita com bolsas específicas para uso veterinário, o que mantém a qualidade do material coletado. Para que um cão seja considerado doador, ele deve pesar, no mínimo, 25 kg, estar saudável, vacinado, livre de parasitas internos e externos, além de não apresentar doenças prévias.
“Animais que sofrem traumas severos ou doenças hemolíticas muitas vezes necessitam de transfusão. Exames laboratoriais indicam se o paciente precisa de uma bolsa de sangue completa ou apenas de um hemocomponente”, explica Thiago.
Cuidados para doadores e receptores
O processo envolve uma série de exames para garantir a segurança dos dois lados. O cão receptor passa por hemograma e tipagem sanguínea antes da transfusão. Já o doador é submetido a testes para descartar doenças transmissíveis pelo sangue e passa por avaliação clínica.
O veterinário reforça que o procedimento é seguro e indolor. “O animal recebe carinho e atenção durante a coleta, sem risco à saúde. Muitos cães chegam a abanar o rabo durante a doação”, destaca.
Como cadastrar o cão como doador
Tutores interessados em contribuir devem procurar bancos de sangue veterinários ou clínicas especializadas. O animal precisa ter entre 1 e 8 anos de idade, boa condição física e atender ao peso mínimo exigido.
“Cada doação pode salvar várias vidas. É um gesto de solidariedade que faz diferença na rotina de hospitais veterinários”, conclui o especialista.