O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou em sua decisão que o pastor Silas Malafaia, um dos principais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticou duramente o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Em áudios enviados ao ex-presidente pelo WhatsApp, Malafaia expressou sua insatisfação após os Estados Unidos imporem novas tarifas aos produtos brasileiros, atacando o “discurso nacionalista” do filho do ex-presidente.
Nas mensagens, Malafaia se refere a Eduardo de forma pejorativa, afirmando que o repreendeu de forma veemente. O pastor teria alertado Bolsonaro que, caso o deputado continuasse com a mesma postura, ele publicaria um vídeo para criticá-lo publicamente. Ele ainda afirmou que as ações do grupo seriam “amadoras”.
Malafaia sob investigação e novas sanções
De acordo com o ministro Moraes, o pastor Silas Malafaia teve um papel de orientador nas ações de Jair Bolsonaro e seu filho, conforme apontam as investigações da Polícia Federal. As mensagens seriam parte de uma estratégia para obter anistia em troca do fim das sanções tarifárias impostas pelo governo de Donald Trump ao Brasil.
O STF determinou a busca e apreensão contra Malafaia, que teve seu celular apreendido pela PF no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Como parte das medidas cautelares, o pastor foi proibido de deixar o país e deve entregar seus passaportes em até 24 horas. Ele também está impedido de se comunicar com outros investigados no caso da suposta tentativa de golpe de Estado.