O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu seu colega de corte, Alexandre de Moraes, após as sanções impostas pelos Estados Unidos (EUA). Em uma rede social na noite dessa quarta-feira, 30 de julho de 2025, Gilmar Mendes afirmou que o trabalho de Moraes é fundamental para a preservação da democracia brasileira, citando o plano golpista que visava matar autoridades e anular as eleições.
“Diante dos ataques injustos, declaro integral apoio ao Ministro Alexandre de Moraes. Ao conduzir com coragem e desassombro a função de relator de processos que envolvem acusações graves, como um plano para matar juízes e opositores políticos e a tentativa de subversão do resultado das eleições, o Ministro Alexandre tem prestado serviço fundamental para a preservação da nossa democracia”, declarou Mendes. Ele acrescentou que o STF não se intimidará diante das ameaças dos EUA, reforçando que “a independência do Poder Judiciário brasileiro é um valor inegociável, e o Supremo Tribunal Federal seguirá firme no cumprimento de suas funções”.
Sanções dos EUA e Posição de Outros Ministros
A Lei Magnitsky foi utilizada para sancionar Moraes, que também recebeu apoio de Flávio Dino e do próprio STF.
Ontem, Alexandre de Moraes foi sancionado pelos Estados Unidos, através da Lei Magnitsky, por sua atuação como relator do processo que apura a tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições presidenciais de 2022 e por seu trabalho em relação às plataformas digitais dos EUA. Em uma rede social, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, indicou que a sanção serve de aviso a outras autoridades, afirmando que “As togas judiciais não podem protegê-los”. No entanto, especialistas preveem que o impacto das sanções sobre Moraes será reduzido, visto que o ministro não possui bens nos EUA nem costuma viajar ao país. A sanção bloqueia bens e empresas da pessoa sancionada em território norte-americano.
Outro ministro do Supremo que defendeu Moraes foi Flávio Dino, que destacou que o colega cumpre seu trabalho de forma honesta e conforme a Constituição. “E as suas decisões são julgadas e confirmadas pelo colegiado competente (Plenário ou 1ª Turma do STF)”, disse Dino em uma rede social. Em nota, o STF também saiu em defesa do ministro, afirmando que “Todas as decisões tomadas pelo relator do processo foram confirmadas pelo Colegiado competente. O Supremo Tribunal Federal não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país, que asseguram a todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo”.