Em discurso na Câmara dos Deputados, no dia 3 de dezembro de 2024, o deputado Pedro Uczai (PT-SC) fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro e elogiou a proposta do presidente Lula de isentar do Imposto de Renda trabalhadores que recebem até R$ 5.000,00.
No entanto, ao apontar o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como responsável por uma política prejudicial à economia devido à manutenção de juros elevados, o parlamentar desconsidera fatores históricos. A taxa Selic sempre foi influenciada por políticas econômicas frágeis de governos anteriores, incluindo o próprio PT, que governou o país por mais de 13 anos e deixou a taxa de juros em 14,2% ao ano em 2016, sem que Campos Neto estivesse no comando do BC.
A autonomia do Banco Central deve ser respeitada, assim como o mandato presidencial. O BC não pode ser visto como um instrumento de governo, da mesma forma que o Supremo Tribunal Federal (STF) não deve agir conforme interesses políticos. A prática de indicações políticas para cargos estratégicos, segundo críticos, compromete a independência dessas instituições.
O verdadeiro entrave para o desenvolvimento do país não está apenas na taxa Selic, mas também nos altos custos da máquina pública, que mantém uma estrutura inchada e repleta de privilégios em Brasília. O desafio do Brasil é corrigir erros estruturais e buscar soluções eficazes para reduzir a pobreza, a miséria e a fome.