A benevolente resiliência ribeirinha não comunga com a execração hostil da xenofobia porque tem na alma a imensurável cor da liberdade que alça voo na ontológica e complacente poética da imaginação estetizante da vida.
O virtuoso ato da sobrevivência no tapiri da verde mata não é adepto ortodoxo da escabrosidade humana e não segue o discurso persuasivo da morte em vida no intuito de atender as demandas escabrosas do asfixiante e tenebroso capital.
A inserção do bem viver no imaculado lar ribeirinho resiste obstinado à hecatombe social da marcha dos mortos vivos. Fugindo das trevas da execração externa, o lar ribeirinho continua bravamente lutando contra o apogeu abrasador do deserto e contra o gargalo e a cruz da insaciável bandeira da mais-valia.
O embuste da mentira ardilosa da bandeira da persuasão ao ato de ter, provoca a ascensão desregrada do império das cinzas e continua amolando nocivamente os gumes sinistros da agiotagem financeira institucionalizada dos cenários nacional e internacional do mundo globalizado.
Enquanto isso, os tradicionais povos ribeirinhos continuam sendo adeptos de suas iniludíveis peculiaridades identitárias, e com uma dadivosa visão holística de mundo, continuam trilhando de forma briosa e sem mácula, os heterotópicos caminhos da benevolência humana. Aqui tem gente!