Autor: Cícero Moura
Antes mesmo dos ajustes políticos para as eleições desde ano, o Senador Confúcio Moura, que é Vice-Presidente Nacional do MDB, já havia deixado claro que não apoiaria a reeleição de Marcos Rocha. E realmente não apoiou.
Entre outras coisas, Confúcio deixou claro o aborrecimento pelo que chamou de ingratidão por parte do atual Governador. O Senador destacou que Rocha ao assumir o posto, sequer lhe agradeceu pela parceria anterior que lhe possibilitou visibilidade à frente da Secretaria de Justiça.
PERDIDO
Confúcio também lamentou a perda de emendas para o Estado, pois segundo ele o Governo nunca se interessou pelos recursos que ele havia disponibilizado para Rondônia, principalmente para atender a àrea de Educação.
AFAGO
Bastante enfadado, o Senador chegou a dizer que político gosta de cortezia, gentileza, cavalheirismo, no entanto Marcos Rocha nunca o teria chamado sequer para um cafezinho no CPA, onde muitas coisas para o Estado poderiam ter sido tratadas.
O aborrecimento de Confúcio com o Governador provocou distanciamento e rompimento entre ele e o deputado federal Lúcio Mosquini, que é o presidente estadual da sigla, e fazia plantão no CPA para costurar alinhamento com Marcos Rocha.
DIVERGÊNCIAS
Mosquini desconversava toda vez que era cobrado sobre as divergências com o Senador. Não queria se desgastar publicamente com Confúcio e nem prejudicar o “namoro” com o Governo que seria sua preferência no primeiro turno da eleição.
DEIXADO DE LADO
Isolado na briga, já que Mosquini fazia pressão junto aos filiados para fechar com Rocha, Confúcio resolveu focar no seu mandato. Passou a destacar no que fez nos últimos 4 anos, pontuando emendas de 99 milhões para a Saúde, 25 milhões para Educação e 28 milhões para tecnologia.
VIRADA
Fazendo seu barulho sem muito alarde, Confúcio agora volta ao centro das atenções com a eleição de Lula. Semana passada ele já esteve integrado a equipe de transição e junto com o presidente do MDB, Baleia Rossi, e a Senadora Simone Tebet, passa a ter espaço importante na chegada do novo governo.
MESMO LADO
O alinhamento político do MDB com Lula, além de fazer com que Simone Tebet venha a ganhar um ministério, abre espaço para lideranças emedebistas nos estados. Confúcio sabe que mais cedo ou mais tarde, Marcos Rocha vai precisar do Governo Federal.
APOIO
Como o União Brasil já declarou que não irá fazer oposição ao Governo Lula, Marcos Rocha terá que procurar alternativas para viabilizar recursos para Rondônia. Nesse momento, entre os três senadores do Estado, Confúcio é quem mais tem condições de ser um bom interlocutor.
HUMILDADE
Se ainda prevalecer a postura conciliadora demonstrada por Rocha durante a campanha, o cafezinho no CPA reclamado por Confúcio, provavelmente deverá acontecer em Brasília, e no gabinete de Confúcio Moura. É esperar pra ver.
Ministro da Saúde Marcelo Queiroga
Em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão neste domingo (6), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo sobre a vacinação contra a poliomielite.
CARA DE CUPIM 2
Para justificar sua incompetência disse: "Infelizmente, as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil, situação agravada com a pandemia da Covid-19", afirmou ele. "Corremos o risco de perder essa importante conquista."
SÓ ELE ACREDITA
O ministro de Jair Bolsonaro (PL) disse que sua gestão está empenhada em combater a doença e mencionou que, entre agosto e setembro deste ano, fez uma campanha para ampliar a cobertura vacinal.
FATO
A taxa de vacinação está abaixo de 70% —a meta é imunizar 95% das crianças com menos de cinco anos de idade. Nos anos anteriores, essa taxa já vinha caindo, de cerca de 80%, em 2016, para 70%, em 2020.
MOBILIZAÇÃO
Queiroga disse que é possível atingir a meta, desde que haja engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil. Faltou ele dizer que o Ministério da Saúde teria que ser o primeiro a incentivar a vacinação.
CAMPANHA
O Governo sempre foi um incentivador das campanhas de vacinação, com divulgação maciça de peças publicitárias chamando atenção das pessoas para vacinar crianças de zero a 6 anos de idade.
Zé Gotinha sempre foi o personagem principal das campanhas para atrair as crianças. O uso da personagem infantil é algo que ajudava a tirar o medo e estimular a vacinação.
SUMIU
Alheio aos riscos da não vacinação, o Ministério da Saúde ignorou campanhas positivas como a vacinação contra a Poliomielite e aposentou o Zé Gotinha. Portanto, o resultado já era esperado.
ANOS 90
A poliomielite foi erradicada no Brasil na década de 1990, quando o país se tornou um local livre do patógeno. Porém, a queda da cobertura vacinal e a diminuição da sensação de perigo da doença, aliadas a uma série de dificuldades estruturais do PNI (Programa Nacional de Imunização), puseram em xeque o certificado de erradicação da pólio.
CORONAVIRUS
Nos dois últimos anos, a pandemia da Covid agravou ainda mais esse cenário. Em setembro, a Opas (Organização Pan-americana para a Saúde), braço nas Américas da OMS (Organização Mundial da Saúde), declarou o Brasil como país de muito alto risco para a volta da pólio.
DINÂMICA
O esquema vacinal das crianças com menos de cinco anos consiste em um esquema primário, com vacina de vírus inativado (chamada de VIP) de três doses, aos dois, quatro e seis meses. Já o reforço é feito aos 15 meses e aos quatro anos de idade, com a vacina oral de vírus atenuado, a famosa vacina "da gotinha".