O governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou a suspensão de todos os pedidos de imigração para cidadãos provenientes de 19 países considerados de alto risco. A medida foi adotada dias após um tiroteio em Washington, no dia 26 de novembro, que envolveu um cidadão afegão e resultou na morte de um militar da Guarda Nacional e ferimentos graves em outro soldado.
A suspensão foi informada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos. Ela se aplica a pedidos de green cards (cartões de residência permanente) e de naturalização para pessoas originárias dessas nações.
Países Afetados
A restrição atual combina uma proibição anterior com a inclusão de sete novos países. A lista abrange algumas das nações mais instáveis e pobres do mundo.
Em junho deste ano, o presidente Donald Trump já havia proibido a entrada nos EUA de cidadãos dos seguintes 12 países:
Afeganistão
Myanmar (antiga Birmânia)
Chade
República do Congo
Guiné Equatorial
Eritreia
Haiti
Irã
Líbia
Somália
Sudão
Iêmen
Os outros sete países que agora foram afetados pela suspensão dos pedidos de imigração e restrições na emissão de vistos são:
Burundi
Cuba
Laos
Serra Leoa
Togo
Turquemenistão
Venezuela
Discurso Governamental e Endurecimento da Política
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, reforçou a medida em declaração na rede social X (anteriormente Twitter) na segunda-feira à noite. Ela recomendou a Trump a “proibição total de entrada dos cidadãos de cada país maldito que inundou a nação com assassinos, sanguessugas e viciados em assistência social”.
No dia seguinte, terça-feira, o presidente Donald Trump fez afirmações violentas contra a Somália, destacando que os migrantes do país africano não são bem-vindos nos EUA, com a frase: “Não os quero no nosso país”.
Desde o ataque em Washington, o governo Trump também congelou todas as decisões sobre a concessão de asilo nos Estados Unidos. A luta contra a imigração ilegal é prioridade absoluta para a atual administração, que tem usado o termo “invasão” para descrever a chegada de imigrantes.
Demissões em Tribunal de Imigração
O programa de expulsões em larga escala da Casa Branca tem enfrentado contestações judiciais, com base no argumento de que os indivíduos têm o direito de fazer valer a sua defesa.
Nessa terça-feira, a Associação Nacional de Juízes de Imigração (NAIJ) informou sobre a demissão de oito juízes responsáveis por questões de imigração em Nova York. Os magistrados atuavam no nº 26 da Federal Plaza, em Manhattan, um tribunal que analisa casos de migrantes que tentam regularizar a situação no país.
Há meses, o local tem sido palco de confrontos e cenas de separação de famílias, tornando-se um símbolo do endurecimento da política migratória de Trump em relação aos migrantes em situação irregular.










































