O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou nesta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, o telefonema que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para repórteres na Casa Branca, Trump disse que os líderes “tiveram uma ótima conversa”.
Em uma postagem nas redes sociais, Donald Trump afirmou que está ansioso para ver Lula em breve. O presidente americano acrescentou que “muita coisa boa resultará desta parceria recém-formada!”, segundo a agência Reuters.
A conversa, que durou 40 minutos, foi classificada como “muito produtiva” pelo Palácio do Planalto, em Brasília.
Sanções e a pauta de comércio
Um dos temas centrais do diálogo foram as sanções impostas pelos EUA. Trump fez uma referência clara às sanções de sua administração ao Judiciário brasileiro.
As medidas foram tomadas em razão do processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Trump afirmou: “Falamos sobre comércio. Falamos sobre sanções, porque, como vocês sabem, eu os sancionei em relação a certas coisas que aconteceram.”
Lula e Trump também debateram a cooperação para o combate ao crime organizado.
Brasil pede retirada de tarifas
Pelo lado brasileiro, o presidente Lula afirmou que deseja “avançar rápido” nas negociações. O objetivo é a retirada da sobretaxa de 40% que o governo americano mantém sobre alguns produtos do Brasil.
O “tarifaço” foi inaugurado por Donald Trump como parte de uma política para elevar tarifas contra parceiros comerciais. A intenção é reverter a perda de competitividade dos Estados Unidos frente à China.
No dia 20 de novembro, a Casa Branca já havia retirado 238 produtos da lista de tarifas, incluindo café, chá, frutas tropicais e carne bovina.
Lula considerou a decisão “muito positiva”. No entanto, ele destacou que 22% das exportações brasileiras ainda estão sujeitas às sobretaxas. O presidente indicou que “o Brasil deseja avançar rápido nessas negociações”.
Foco nos produtos industriais
No momento, o governo brasileiro avalia que os produtos industriais são o foco de maior preocupação. Estes bens de maior valor agregado têm maior dificuldade para redirecionar suas exportações para outros mercados.
A tarifa adicional de 40% contra o Brasil entrou em vigor em 6 de agosto, em retaliação a decisões que, segundo Trump, prejudicariam as big techs americanas e em resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro.
Temas não tarifários como terras raras, big techs, energia renovável e o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata) também permanecem na pauta.











































