O Furacão Melissa deve atingir a costa sul de Cuba nas próximas horas como um sistema de categoria 3, considerado “extremamente perigoso”, com ventos sustentados de 205 quilômetros por hora (km/h). A previsão foi divulgada pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
Nos últimos dias, a tempestade tem apresentado oscilações de intensidade, variando entre as categorias 3, 4 e 5, as mais altas na escala Saffir-Simpson.
Trajetória do Melissa e alertas em Cuba e Bahamas
A trajetória indica que o centro do furacão deve continuar sobre o leste de Cuba até a manhã desta terça-feira (29), seguindo para o sudeste ou centro das Bahamas no final do dia. As Bermudas estão na rota e devem ser atingidas na noite de quinta-feira (30), de acordo com o último relatório do NHC, que monitora a tempestade que se desloca a 16 km/h.
Em Cuba, um aviso de furacão está em vigor para as províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo, Holguin e Las Tunas. Moradores dessas áreas foram aconselhados a procurar imediatamente um abrigo seguro para proteger vida e bens. Na Baía de Guantánamo, já foram registrados ventos sustentados de 61 km/h e rajadas de 111 km/h.
O alerta também se estende ao sudeste e ao centro das Bahamas, além das Bermudas, onde a população recebeu o pedido urgente de preparação.
Danos, desabrigados e mortes na Jamaica e outras ilhas
Enquanto Cuba se prepara, autoridades na Jamaica avaliam os estragos causados pela passagem do Melissa. Danos extensos foram relatados em partes de Clarendon, no sul, e na paróquia de St. Elizabeth, no sudoeste, que “ficou submersa”, disse Desmond McKenzie, vice-presidente do Conselho de Gestão de Risco de Desastre da Jamaica.
A tempestade danificou quatro hospitais, forçando a retirada de 75 pacientes de um deles que ficou sem eletricidade. Mais de meio milhão de clientes estavam sem energia no final dessa terça-feira (28), com a maior parte da ilha enfrentando queda de árvores, cortes de energia e extensas inundações.
O governo jamaicano espera reabrir todos os aeroportos amanhã (30) para garantir a rápida distribuição de suprimentos de emergência.
A tempestade já causou pelo menos sete mortes no Caribe, sendo três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana. Uma pessoa continua desaparecida.










































