Os embaixadores dos Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira (14) o 17º pacote de sanções comunitárias à Rússia pela invasão da Ucrânia, três meses após outro, visando a enfraquecer a economia russa e o financiamento da guerra.
Fontes europeias informaram à Agência Lusa que a luz verde política foi dada na reunião de hoje dos embaixadores junto da UE, em Bruxelas, estando prevista uma aprovação oficial na reunião dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, na próxima terça-feira (20).
O novo conjunto de medidas restritivas surge três meses após o 16º pacote de sanções – que foi aprovado por ocasião dos três anos da guerra da Ucrânia – e volta a abranger navios da frota fantasma, com os quais o regime russo tentava contornar as restrições ocidentais ao comércio de petróleo, reforçando o combate à evasão ao embargo aplicado à Rússia.
Surgem ainda novas restrições a mais indivíduos e entidades, adiantaram as fontes europeias à Lusa.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, principalmente econômicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, entre elas o presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergey Lavrov.
Entre as medidas estão a proibição de viajar para a UE, o congelamento de bens e a indisponibilidade de acesso a fundos que provenham do espaço comunitário.
Outra medida é o congelamento de bens, num total de 24,9 bilhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 bilhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.
Em nível comercial, as medidas restritivas europeias visam a 48 bilhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 bilhões em importações proibidas provenientes da Rússia.
A Ucrânia tem também contado com a ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de três anos provocou a destruição de importante infraestrutura em várias áreas na Ucrânia, bem como um número indeterminado de vítimas civis e militares.
