A Operação Aruanã teve sua primeira etapa concluída no sábado (29/11), com equipes do Ministério Público de Rondônia acompanhando a desocupação da Estação Ecológica de Samuel, em Candeias do Jamari. A ação cumpriu decisão judicial que determinou a retirada de ocupações irregulares iniciadas em 2020.
A promotora Valéria Giumelli Canestrini, coordenadora do Gaema, esteve na unidade de conservação durante toda a operação, que mobilizou órgãos de segurança e fiscalização ambiental. A Estação de Samuel possui cerca de 71 mil hectares e integra o grupo de áreas de proteção integral, destinadas exclusivamente à pesquisa e preservação ambiental.
Criada em 1989, a unidade vem sofrendo pressão crescente com invasões e desmatamento. Levantamentos apontam cerca de 1.200 hectares desmatados, especialmente durante o período de pandemia, quando a fiscalização foi reduzida.
As decisões judiciais que proibiram a permanência de ocupantes foram emitidas entre 2021 e 2022. Após nova ordem, em outubro deste ano, foi concedido prazo para saída voluntária. Com o término do período, começou em 24 de novembro a fase inicial da operação.
As equipes se concentraram na Linha 21, onde foram encontrados barracos e novas áreas abertas. Todas as estruturas irregulares foram demolidas. Mais de 200 agentes participaram, entre MPRO, TJRO, Sedam, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e outras instituições.
O comandante da ação, tenente-coronel Jairo Alves Carneiro, informou que quatro pessoas ainda estavam no local no início da intervenção. Elas foram retiradas conforme os protocolos da Justiça e conduzidas para área segura organizada pelos órgãos públicos.
A promotora Valéria Canestrini destacou o planejamento e o cuidado adotados para garantir uma desocupação humanizada, mesmo sem exigência formal para esse tipo de operação. Ela reforçou que o MPRO seguirá acompanhando as próximas etapas.
A segunda fase da Operação Aruanã deve alcançar outras linhas da unidade, onde ainda há registros de estruturas clandestinas e possível permanência de ocupantes. O MPRO afirma que a presença contínua do Estado será essencial para impedir novas invasões e assegurar a proteção ambiental da Estação Ecológica de Samuel.












































