A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) deve ser concluída com a aprovação dos indicadores globais de adaptação.
A declaração foi dada no discurso de abertura do segmento de alto nível de ministros, realizado nesta terça-feira (18/11), em Belém.
“A adaptação precisa estar no centro da resposta global: proteger pessoas e territórios terrestres e marítimos depende de instrumentos concretos para medir progresso, orientar políticas e reduzir vulnerabilidades”, afirmou a ministra.
Os indicadores de adaptação são regras e métricas que guiarão os países na preparação de cidades e áreas naturais. O objetivo é o enfrentamento dos impactos causados pelas mudanças climáticas, como a criação de áreas verdes para diminuir os estragos de enchentes.
Superação dos combustíveis fósseis
Marina Silva lembrou o alerta da ciência: para manter o aquecimento global em 1,5ºC, é preciso implementar as metas nacionais (NDCs). “Precisamos de ação rápida, ambição reforçada e implementação acelerada”, disse.
A ministra reforçou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a construção de “mapas do caminho”. Estes roteiros visam reverter o desmatamento e superar progressivamente a dependência dos combustíveis fósseis.
Marina Silva ressaltou a necessidade de um diálogo estruturado, troca de experiências e estratégias de longo prazo, contemplando países produtores e países consumidores de combustíveis fósseis.
Transição justa
A ministra cobrou que os países mais ricos abram o caminho, agindo de forma mais rápida. Ela justificou que eles possuem maior responsabilidade histórica sobre os impactos no clima e maior capacidade financeira.
Por outro lado, a ministra defendeu que os países em desenvolvimento também precisam se comprometer a criar meios de implementação coerentes com a redução das desigualdades.
“Essa é a essência de uma transição justa: proteger pessoas, fortalecer resiliência e orientar decisões pela ciência, tanto a ciência moderna quanto a dos conhecimentos dos povos originários”, concluiu Marina Silva.











































