Entregadores por aplicativo se reuniram nesta sexta-feira (28), na Cinelândia, no Rio de Janeiro, para protestar contra o +Entregas, nova modalidade de trabalho do iFood. O sistema exige que o profissional agende horários e atue em uma região específica.
Segundo os manifestantes, o modelo reduz a autonomia, provoca conflitos entre trabalhadores e pode diminuir o valor das corridas. Eles defendem a elevação da taxa mínima de R$ 7 para R$ 10.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Direitos, Alexandre Moizinho, afirma que as taxas podem cair para R$ 3,30 e que o agendamento obriga o entregador a permanecer parado aguardando pedidos.
O iFood explica que, no +Entregas, o profissional recebe um valor fixo por hora disponível mais um adicional por entrega, com limite de duas rejeições por período. A empresa diz que o sistema aumenta previsibilidade de ganhos e prioriza pedidos para quem aderir.
Durante o ato, também houve críticas ao antigo modelo de operadores logísticos, substituído pela franqueadora EntreGô. Para atuar nessa modalidade, o entregador precisa abrir um CNPJ e trabalhar como MEI. Trabalhadores afirmam que a plataforma reduz pedidos para quem opta pelo trabalho independente, pressionando a migração para os novos formatos.
O entregador Bruno de Souza, de 37 anos, relata dificuldades: “As entregas independentes são mais longas e menos frequentes. É uma relação sem benefícios”. Ele diz enfrentar problemas de saúde sem acesso a proteção social.
Em nota, o iFood afirma que respeita as manifestações e que o +Entregas é opcional, com implementação gradual. A empresa diz monitorar resultados para ajustar o modelo e mantê-lo competitivo.










































