Porto Velho, RONDÔNIA – O inverno sempre trouxe malefícios às ruas dos bairros desta Capital. Com raras exceções ao setor da agricultura, período em que o plantio de parte das espécies de mandioca se dá bem no campo e em áreas propícias à essa lavoura típica da Amazônia Brasileira.
A mesma coisa não se pode dizer das ruas dos bairros na época de grande volume de chuvas. Muitos deles, ainda sem infra-estrutura adequada, praticamente, ficam com ruas, ruelas vielas e passeios (calçadas) intrafegáveis – a parte maior situa-se na periferia da cidade.
Apesar do volume de obras em andamento pela Prefeitura, da cidade, maquinas e homens não têm podido evitar que números pontos críticos produzidos pelas águas grandes (de maior intensidade e volume), durante o inverno amazônico, sejam contidos.
Segundo estatísticas oficiais, a maioria dos pontos críticos que ajudam na suposta fragmentação de vias centrais e de acesso à periferia da cidade, se concentrariam nem bairros da Zona Leste e Norte. Além do setor rural, a exemplo do Setor Chacareiro Jardim Santana, da Estrada dos Periquitos e região.
Em situação crítica avançada, em termos de fragmentação de suas linhas, vicinais e travessões que dão acesso a outros bairros, o ex-Setor Militão, 'tem no quadrilátero das vias Amazonas, Raimundo Cantuária e na ligação com os residenciais Orgulho do Madeira e Crystal da Calama, 'tem nessas um dos piores cenários da atualidade', queixam-se, constantemente, chacareiros.
No Setor Chacareiro, o principal Cinturão Verde que abastece em até 68% do abastecimento da cidade, pedidos de correção dos 'pontos críticos' devido a uma grande concentração de águas da chuva, 'sempre foram feitos à Prefeitura, através da SEMAGRIC, SEMISB e SEMOB', ressaltou a presidente da Associação dos Chacareiros Jardim Santana, Gabriela Camargo.
Ela diz que a fragmentação das vias de acesso à principal cadeia produtiva de alimentos, entre hortaliças, tubérculos, grãos, frutíferas, animais domésticos (galinha caipira, codorna, galinha D'Angola, patos, caprinos e suínos), além de mel de abelha, melaço de cana, doces, salgados, pães, artesanato e flores tropicais ocorre, grandemente, no início e metade do período invernoso.
– É quando o volume de buracos aumenta impedindo, não só o fluxo e o refluxo de moradores, mas também, o de veículos no trecho cidade ao Setor Chacareiro.
Num rápido giro pela área central do Setor Chacareiro, na sexta-feira e sábado passado, o Jornalismo do NEWSRONDÔNIA atestou que 'as águas das chuvas e de áreas alagadiças são responsáveis pelo aparecimento de imensas lagoas, poções e buracos no leito e nas laterais das vias'. Ainda assim, mesmo no inverno, homens e máquinas da Prefeitura, têm tatuado para, enfim, amenizar a situação, assinalou a presidente da AAPIHGU, Gabriela.
De acordo informações da líder chacareira, 'temos agenda com o secretário Luiz Cláudio, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEMAGRIC), ainda durante a estiagem e início do verão, ' o setor chacareiro será 100% encascalhado, receberá serviços de drenagem e de parte de sua infraestrutura melhorada'.
Diante dos relatos colhidos juntos a moradores e chacareiros locais, um estudante de engenharia e outro de Direito – o pai de um deles é agricultor – disseram à Reportagem que, ' não é preciso especialista para atestar que a solução aos problemas sempre teve com o setor de obras e no setor chacareiro, com a agricultura, pecuária e abastecimento'.