Pesquisadores de Porto Velho-RO apresentam solução inovadora para reaproveitar água de ar-condicionado em prédios públicos, promovendo sustentabilidade e economia na gestão hídrica. O estudo, publicado recentemente no eBook “Engenharias: Produtividade e Inovação Tecnológica 7”, analisou a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e revela um potencial expressivo de redução no consumo de água potável, com economia estimada em até R$ 7.621 anuais.
Diego Sebastian Santos de Oliveira, engenheiro mecânico e egresso da Faculdade Metropolitana de Rondônia (UNNESA), liderou as análises quantitativas e de infraestrutura. Maicon Maciel Ferreira de Araújo, doutorando em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pelo PGDRA/UNIR e docente na Mediação Tecnológica de Rondônia/SEDUC-RO, focou na viabilidade ambiental e regional. Prof. Dr. Fabrício Moraes de Almeida, docente da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), orientou as avaliações técnico-científicas, integrando dados laboratoriais e projeções econômicas.
Os 40 aparelhos de ar-condicionado da Semed geram em média 1.960 litros de água condensada por dia, equivalendo a mais de 43 mil litros mensais em dias úteis, impulsionados pelo clima quente e úmido de Rondônia. Esse volume pode suprir de 50% a 60% das demandas não potáveis, como irrigação de jardins, limpeza de pisos e descargas sanitárias, substituindo água tratada de mananciais sobrecarregados.
Análises físico-químicas revelaram pH de 6,2 (leve acidez natural), turbidez baixa de 0,8 uT, condutividade de 45 µS/cm, sólidos dissolvidos totais de 30 mg/L e ausência de coliformes totais e termotolerantes. Após filtragem por malha ou cartucho, desinfecção por cloro ou UV e eventual correção de pH, a água torna-se segura para reuso, com correlação previsível de 1,8 L por kWh consumido nos equipamentos.
A implementação otimiza custos operacionais, reduz efluentes na rede pluvial e alivia a pressão sobre recursos hídricos locais, com payback rápido em bombas submersíveis, reservatórios de polietileno e melhorias na drenagem. Os autores propõem um plano de mitigação com automação por sensores de nível, servindo como modelo para outras instituições públicas em Porto Velho e Rondônia.
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