Em meio à pressão da religiosidade ocidental e à perda de seus valores originários, os povos indígenas seguem resistindo para preservar suas crenças, memórias, espiritualidade ancestral e identidade cultural na Amazônia.
As mobilizações ocorrem em diversas regiões para contestar a tese jurídica que restringe a demarcação de terras, enquanto o tema avança no Congresso e no STF.
O presidente Edson Fachin atendeu ao pedido de Gilmar Mendes e marcou a retomada do julgamento do marco temporal para demarcação de terras indígenas em sessão do plenário virtual, com início na segunda-feira (15) antes do recesso da Corte.
Ministro Gilmar Mendes solicita sessão virtual extraordinária para iniciar a votação dos magistrados do STF sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas, com previsão de início na próxima segunda-feira, antes do recesso da Corte.
Organizações indígenas, como a APIB e a Coiab, comemoraram a decisão do STF de realizar o julgamento do marco temporal de forma presencial na próxima quarta-feira (10), mas exigem participação plena e transparência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou projetos de lei que criam a Universidade Federal Indígena (Unind) e a Universidade Federal do Esporte (UFEsporte), instituições federais de ensino superior que visam promover a autonomia e o conhecimento específico, com previsão de funcionamento em 2027.
Manifestações de indígenas na Zona Azul e eventos paralelos, como a Cúpula dos Povos, cobraram maior participação nas decisões e a demarcação de territórios. A Marcha Mundial pelo Clima reuniu cerca de 70 mil pessoas nas ruas de Belém.
Programa Kuntari Katu preparou 30 jovens líderes de todo o Brasil para atuar diretamente nas complexas decisões internacionais em Belém, garantindo que a pauta dos povos originários chegue à mesa de negociação da COP30.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou portarias para a demarcação de 10 terras indígenas em seis estados, cumprindo anúncio feito pela ministra Sônia Guajajara durante a COP30, em Belém.
O Brasil anunciou nesta segunda-feira (17) a criação da primeira iniciativa global dedicada a garantir os direitos territoriais de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais, com apoio de 15 países.