A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (10 de dezembro) o registro de um novo teste de hantavirose. A tecnologia, que pode identificar a doença em apenas 20 minutos, visa diminuir a letalidade da infecção. A hantavirose é uma doença grave, com uma taxa de mortalidade alta, atingindo quatro em cada dez pessoas infectadas.
O novo produto, batizado de TR Hantavírus IgM Bio-Manguinhos, foi desenvolvido com recursos públicos. O trabalho é resultado da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos e Instituto Oswaldo Cruz) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho).
Produção e importância do diagnóstico rápido
O registro da Anvisa atesta a segurança, a qualidade e a eficácia do novo teste, e autoriza a sua comercialização. O kit inclui um suporte para coleta de uma gota de sangue e um frasco com solução reagente.
Edimilson Domingos da Silva, gerente do Departamento de Desenvolvimento de Reativos para Diagnóstico de Bio-Manguinhos da Fiocruz, afirmou que, com a aprovação, a Bio-Manguinhos tem a capacidade de escalar a produção do teste conforme as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
A hantavirose é uma zoonose viral aguda que causa a síndrome cardiopulmonar. No Brasil, a forma mais comum de transmissão é pela inalação de partículas virais liberadas na urina, saliva e fezes de roedores silvestres. A Fiocruz informou que os casos da doença são frequentemente associados ao contato com ratos do mato e a atividades como agricultura (limpeza de galpões e aragem da terra) e ecoturismo.











































