O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa/RO), promoveu nos dias 27 e 28 de agosto uma oficina técnica sobre leishmaniose visceral, em Porto Velho. O encontro reuniu cerca de 70 profissionais das esferas federal, estadual e municipal, além de representantes do Ministério da Saúde, Fiocruz, Lacen, Semusa e Cemetron.
A iniciativa foi motivada pela identificação de dois casos de leishmaniose visceral canina em Porto Velho. Como os animais não apresentavam histórico de deslocamento para áreas endêmicas, surgiu a possibilidade de transmissão autóctone — quando a infecção tem origem local. Caso confirmada, a situação pode alterar o status epidemiológico de Rondônia no cenário nacional.
Segundo o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, a informação é essencial para a prevenção. “Estamos fortalecendo as ações de saúde, principalmente com capacitações necessárias aos nossos servidores, para garantir diagnóstico precoce e tratamento adequado à população, caso seja necessário”, afirmou.
O coordenador estadual de Leishmaniose, José Aragão, destacou a importância da oficina. “Estamos diante de uma situação nova em Rondônia. Essa oficina tem papel estratégico de alinhar protocolos, reunir especialistas e fortalecer a resposta integrada entre municípios, estado e governo federal”, disse.
Programação do evento
A programação da oficina incluiu temas como:
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Diagnóstico situacional entomológico da LV em Porto Velho
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Papel das espécies vetoras permissivas na transmissão
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Recomendações nacionais da vigilância entomológica
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Discussão de propostas de investigação no território
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Diagnóstico situacional de reservatórios da LV
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Recomendações nacionais para municípios
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Estratégias de mitigação da doença
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Visita às áreas de possível transmissão