A CPMI do INSS encerrou suas atividades antes do recesso, nesta quinta-feira (4), em meio a embates políticos e questionamentos sobre bloqueios a depoimentos. A sessão foi marcada pelo silêncio de Américo Monte Júnior, que compareceu amparado por habeas corpus, e pela rejeição da convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, o que gerou forte reação da oposição, especialmente do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO).
Américo Monte Júnior, investigado pela Polícia Federal, evitou responder às perguntas dos parlamentares. O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, afirmou que, diante das suspeitas que recaem sobre o dirigente, ele “deveria estar preso no sistema penitenciário federal”.
A comissão analisou mais de 160 requerimentos. Entre eles, aprovou as convocações do governador Romeu Zema e de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master — oitivas previstas somente para 2026. Também houve aprovação para a quebra de sigilos e rejeição do pedido de convocação do advogado-geral da União, Jorge Messias.
A maior disputa ocorreu quando foi votada a convocação de Lulinha. Com 19 votos contra 12, a base do governo impediu a oitiva. Chrisóstomo criticou o resultado e afirmou que a decisão representa uma blindagem que compromete a busca por esclarecimentos sobre os supostos descontos irregulares em benefícios de aposentados e segurados do INSS.
Durante seu discurso, o parlamentar exibiu vídeos de idosos relatando reduções mensais em seus rendimentos. Ele afirmou que denúncias de idosos, indígenas e pessoas com deficiência motivaram a criação da CPMI e reforçou que continuará cobrando “apuração completa, sem exceções”.
Segundo Chrisóstomo, mais de 4 milhões de segurados podem ter sido impactados pelo esquema investigado. Américo Monte Júnior, no entanto, permaneceu em silêncio diante de todas as perguntas, inclusive aquelas que mencionavam pessoas citadas em reportagens, entre elas nomes próximos ao presidente da República.











































