Uma sessão solene na Câmara dos Deputados homenageou a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, realizada nesta terça-feira, 25 de novembro, na Esplanada dos Ministérios em Brasília.
Organizada pelo Comitê Nacional, a mobilização nacional busca colocar em pauta os direitos básicos do segmento. As demandas incluem moradia, emprego, segurança e, acima de tudo, uma vida digna, livre de violência e ações de reparação histórica.
A sessão foi aberta pela deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ). Ela disse que o plenário, lotado de mulheres negras, representava o povo brasileiro. “A agenda passa por reparação e a ocupação das mulheres negras em todos os espaços de poder”, disse a deputada.
Discursos de Reparação e Futuro
A coordenadora da bancada feminina, deputada Jack Rocha (PT-ES), enfatizou que a marcha representa um projeto político de país. “É um projeto político ocupar esse plenário, ter um orçamento que nos caiba, construir um Brasil antirracista”, declarou.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, presente no evento, reforçou o simbolismo da marcha. “Precisamos ser vistas, respeitadas como cidadãs, com todos os direitos constitucionais garantidos. Depois de 300 anos de escravidão, continua o racismo estrutural. São mais de 100 anos sem reparação histórica”, pontuou a ministra.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também discursaram. Anielle Franco afirmou que a Marcha das Mulheres Negras marca o sonho e o futuro desejados para o país.










































