A palavra-chave voltou ao centro do debate político em Brasília: anistia. Para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), não há espaço para qualquer negociação paralela que envolva redução de penas ou acordos que modifiquem o teor da proposta que trata da punição dos condenados no caso da tentativa de golpe.
Em declaração após uma reunião com parlamentares do PL, o senador afirmou que o posicionamento da oposição é claro e definitivo: a prioridade absoluta é aprovar o PL da Anistia na Câmara dos Deputados e, em seguida, no Senado. “Nosso objetivo único é aprovar o PL da Anistia, e é sobre isso que vamos trabalhar”, disse ele.
A fala responde diretamente ao movimento do relator do PL da Dosimetria, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que defende discutir redução de penas. Flávio descarta a possibilidade: “Esse tipo de acordo nunca esteve no nosso horizonte. Vamos atuar com os mecanismos regimentais necessários para garantir que a anistia avance”.
Segundo o senador, a estratégia passa pela apresentação de um destaque que permita a votação da anistia de forma independente dentro do texto. Nos bastidores, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), também mantém articulação direta com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e com o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), para tentar garantir espaço na pauta.
Marinho afirmou que conversou com Motta no fim de semana, após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, e que o presidente da Câmara estaria consultando lideranças partidárias sobre o tema. Sobre Alcolumbre, o senador afirmou que há um “amadurecimento da pauta”.
Diante da crise política e das pressões internas, parlamentares do PL indicaram que, ao contrário do que se cogitou anteriormente, não pretendem obstruir votações. A estratégia agora é liberar a pauta para que a proposta da anistia possa ser votada o quanto antes.
A prisão preventiva de Bolsonaro, autorizada após manifestação da Procuradoria-Geral da União, também repercutiu entre os parlamentares. A PF apontou risco de fuga devido à aglomeração convocada por Flávio nas imediações do condomínio onde o ex-presidente estava. Segundo o órgão, a movimentação poderia facilitar uma tentativa de evasão.
O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF em setembro.
Com Informações: Portal Metrópoles










































