Durante a sessão da CPMI do INSS, nesta quinta-feira (6), o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) questionou o ex-ministro Onyx Lorenzoni sobre informações divulgadas pela imprensa envolvendo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG).
De acordo com reportagem citada pelo parlamentar, deputados e senadores de partidos de esquerda teriam apresentado emendas redigidas pela CONTAG para alterar a Medida Provisória nº 871 de 2019, editada pelo então presidente Jair Bolsonaro, que tinha como objetivo combater fraudes em aposentadorias e pensões do INSS.
CONTAG elaborou 96 emendas, afirma Onyx Lorenzoni
Em resposta, Onyx Lorenzoni confirmou que a CONTAG elaborou 96 emendas durante a tramitação da proposta no Congresso Nacional. Ele explicou que, após o fim do imposto sindical, a entidade buscou manter sua estrutura financeira com o desconto associativo e que a revalidação anual dos cadastros, prevista na medida, poderia prejudicar essa prática.
Segundo o ex-ministro, bancadas de esquerda atuaram para modificar o texto original e, posteriormente, derrubar a MP, o que, de acordo com ele, atendeu aos interesses das entidades sindicais.
Irregularidades e operações consignadas
Durante a oitiva, Onyx também mencionou episódios antigos de irregularidades financeiras ligados ao Mensalão, citando o livro A Máfia da Estrela, que relata operações de empréstimos consignados do Banco Rural e do BMG com suposta falta de transparência.
“O BMG foi autorizado a realizar, com exclusividade, operações de consignado para mais de 25 milhões de aposentados em 2005. A operação chegou a R$ 1 bilhão, com risco zero, pois o desconto era direto no benefício”, destacou o ex-ministro.
A CPMI do INSS segue investigando possíveis fraudes e descontos irregulares em benefícios previdenciários, além da atuação de entidades sindicais e associações junto ao instituto.









































