A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu a revogação das medidas cautelares impostas a ele no processo da trama golpista. O pedido foi feito pelo advogado Paulo Cunha Bueno na noite desta terça-feira (23) e se baseia na decisão do procurador-geral da República, Paulo Gonet, de não incluir Bolsonaro na denúncia contra seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e o jornalista Paulo Figueiredo.
Segundo o advogado, o fato de Bolsonaro não ter sido denunciado junto com os outros dois “esvazia a necessidade de quaisquer medidas cautelares”. Desde meados de julho, o ex-presidente cumpre medidas como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar e proibição de usar redes sociais e de ter contato com autoridades estrangeiras.
Condenação e prisão domiciliar
Em 4 de agosto, Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar por ter violado as medidas cautelares. Ele e outros réus do núcleo central da trama golpista já foram condenados pela 1ª Turma do STF no último dia 11 de setembro. A pena de Bolsonaro foi fixada em 27 anos e três meses de prisão em regime fechado.
A prisão do ex-presidente e de seus aliados pode ocorrer ainda neste ano, após a avaliação dos recursos das defesas pela corte.