O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização de busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia, um dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Polícia Federal (PF) cumpriu a ordem no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, apreendendo o celular do pastor.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Malafaia teria atuado como “orientador e auxiliar das ações de coação” promovidas por Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. As investigações identificaram diálogos entre o pastor e o ex-presidente com a suposta finalidade de pressionar o Poder Judiciário.
Proibições e participação no caso
A decisão de Moraes proíbe Malafaia de deixar o país e determina o cancelamento de seus passaportes, que devem ser entregues em até 24 horas. O pastor também está impedido de se comunicar com outros investigados em ações penais ligadas à suposta tentativa de golpe de Estado.
A análise do material revelou “fortes indícios de participação” de Malafaia em uma “empreitada criminosa”, com a intenção de definir estratégias e difundir narrativas falsas. A PF aponta que as ações do pastor buscavam coagir membros do Poder Judiciário para impedir que as decisões do STF contrariassem os interesses do grupo.