O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) criticou nesta quarta-feira (20) a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, no Congresso Nacional. O colegiado foi criado para apurar o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões, que teria afetado 4,1 milhões de beneficiários entre 2019 e 2024, resultando em prejuízo de pelo menos R$ 6,3 bilhões.
Críticas à composição da comissão
Segundo Chrisóstomo, a escolha da mesa diretora evidencia uma tentativa de blindagem do governo Lula. A presidência ficou com o senador Omar Aziz (PSD-AM), e a relatoria, com o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO). Ambos votaram contra a criação da CPMI.
“Se dependesse deles, essa comissão jamais teria sido aberta para investigar um dos maiores roubos da história do Brasil”, declarou o parlamentar.
Oposição sem comando
Embora a oposição tenha garantido assentos como membros titulares, não conseguiu espaço no comando da CPMI. No Senado, entre os representantes estão Damares Alves (Republicanos-DF), Tereza Cristina (PP-MS), Izalci Lucas (PL-DF) e Jorge Seif (PL-SC). Na Câmara, fazem parte Adriana Ventura (Novo-SP), Coronel Fernanda (PL-MT) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
Atuação prometida
Como membro titular, Coronel Chrisóstomo afirmou que atuará para impedir que a comissão se torne uma “manobra política” para proteger o governo.
“A Justiça e a AGU tentam livrar o irmão de Lula, Frei Chico, mas a CPMI não vai poupá-lo. Há indícios da participação de seu sindicato em esquemas de corrupção no INSS. Não será mais um teatro para enganar o povo. Estarei firme para que a verdade apareça e os culpados paguem”, disse o parlamentar.
A CPMI terá prazo inicial de 120 dias, prorrogáveis, para conduzir oitivas, solicitar documentos e analisar a extensão das fraudes.