O ministro Edson Fachin foi eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para um mandato de dois anos, com a posse marcada para 29 de setembro. O ministro Alexandre de Moraes foi escolhido para o cargo de vice-presidente. A votação ocorreu de forma simbólica, seguindo o regimento interno que estabelece que o cargo deve ser ocupado pelo ministro mais antigo que ainda não presidiu a Corte.
Fachin sucede Luís Roberto Barroso, que o parabenizou e ressaltou que “é uma sorte para o país poder, nesta atual conjuntura, ter uma pessoa com essa qualidade moral e intelectual conduzindo o tribunal.” A eleição reforça a tradição de alternância na liderança do Poder Judiciário brasileiro.
Discursos e a nova gestão do STF
Em seu discurso, Edson Fachin agradeceu a confiança dos colegas e declarou que pretende fortalecer a colegialidade e o diálogo na Corte. “Recebo [a eleição] no sentido de missão e com a consciência de um dever a cumprir”, afirmou o ministro, que atualmente ocupa a vice-presidência.
Alexandre de Moraes, que já trabalhou com Fachin no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também expressou sua honra e alegria em ser novamente o vice-presidente. Os dois ministros terão a responsabilidade de comandar o STF em um período desafiador, com pautas relevantes para o país.
Perfil dos novos líderes
Edson Fachin tomou posse no STF em junho de 2015, indicado pela então presidente Dilma Rousseff. Natural do Rio Grande do Sul, fez sua carreira jurídica no Paraná. No STF, foi relator de casos importantes, como as investigações da Operação Lava Jato, o marco temporal para demarcações de terras indígenas e o caso conhecido como ADPF das Favelas.
Alexandre de Moraes foi indicado pelo ex-presidente Michel Temer e empossado em março de 2017. Ele sucedeu o ministro Teori Zavascki. Antes de integrar o Supremo, Moraes ocupou cargos de destaque no governo de São Paulo e foi ministro da Justiça no governo Temer. Atualmente, é o relator das ações penais da chamada trama golpista.