Parlamentares da oposição ao governo ocuparam as mesas diretoras dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado em 5 de agosto de 2025. O protesto, que paralisou os trabalhos legislativos, ocorreu após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O grupo promete permanecer nos locais até que os presidentes das casas aceitem pautar a anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro.
O grupo também exige a inclusão na pauta do pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado, o que retiraria Bolsonaro da alçada do STF. Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder da maioria no Congresso, repudiou o ato e o comparou aos ataques de 8 de janeiro, classificando-o como “inaceitável” e “chantagem contra o país”. Ele afirmou que a ocupação representa um “sequestro do parlamento”.
Punição aos envolvidos
Deputados da base do governo defenderam que os parlamentares da oposição sejam punidos por desrespeito ao regimento e por interromper o funcionamento das casas. Pedro Campos (PSB-PE) lembrou que a anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro já foi negada pelo Colégio de Líderes. O deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) classificou o ato como grave e defendeu que os envolvidos sejam levados ao Conselho de Ética.
A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) destacou que existem pautas importantes para o país a serem votadas, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos. Ela afirmou que os parlamentares da oposição estão colocando o interesse de uma “única pessoa” acima dos interesses do povo brasileiro.