A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta um prazo apertado para responder ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles têm até as 21h13 de hoje (22 de julho de 2025) para explicar o descumprimento da proibição de uso de redes sociais, incluindo publicações feitas por terceiros. Essa medida foi determinada na semana passada contra o ex-presidente.
Notificação por WhatsApp e Exibição de Tornozeleira
A decisão do ministro foi proferida ontem, após Bolsonaro receber outra advertência sobre a publicação de links de entrevistas concedidas nos últimos dias à imprensa. O prazo de 24 horas começou a contar às 21h13 de segunda-feira (21), quando o advogado Celso Villardi, um dos defensores de Bolsonaro, foi notificado via WhatsApp por um oficial de Justiça do STF.
Na tarde de segunda-feira (21), Bolsonaro exibiu a tornozeleira eletrônica ao visitar a Câmara dos Deputados. As imagens foram amplamente publicadas nas redes sociais e na imprensa. O uso do equipamento faz parte de outra medida cautelar estabelecida contra o ex-presidente.
Medidas Cautelares e Investigação
As medidas cautelares foram determinadas na sexta-feira (18), no inquérito em que o filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é investigado por sua suposta atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa atuação visaria a promover retaliações contra o governo brasileiro e ministros do Supremo, além de tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama que pretendia dar um golpe de Estado no Brasil em 2022.
De acordo com Alexandre de Moraes, as medidas são necessárias para evitar uma possível fuga de Bolsonaro do país.
Restrições Impostas a Bolsonaro
As principais medidas determinadas contra o ex-presidente incluem:
Uso de tornozeleira eletrônica.
Recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira, e integral nos fins de semana e feriados.
Proibição de aproximação e de acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros.
Proibição de manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras.
Proibição de uso de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros.
Proibição de manter contato com Eduardo Bolsonaro e investigados dos quatro núcleos da trama golpista.