Durante a reunião do Parlamento Amazônico, realizada na última semana em Roraima, o deputado estadual Pedro Fernandes (PRD) defendeu pautas prioritárias para o desenvolvimento sustentável da região Norte e reforçou o compromisso com os produtores rurais de Rondônia, especialmente os soldados da borracha que ajudaram a construir o estado.
Em sua fala, Pedro destacou a necessidade de anular os decretos que criaram 11 unidades de conservação em Rondônia sem base legal, conforme comprovado no relatório da CPI das Reservas, da qual foi relator. “Hoje, 725 lotes titulados lá no estado de Rondônia, um governo sem estudo nenhum… foi comprovado que não foi seguido o devido processo legal para a criação daquelas áreas”, afirmou o parlamentar. Ele lembrou que o relatório foi encaminhado ao Ministério Público e demais órgãos de controle, e cobrou providências: “Esperamos que o nosso honroso Ministério Público tome providência para anular aquele decreto que criou onze reservas”.
O deputado também se solidarizou com os moradores da região conhecida como Soldado da Borracha, que receberam terras como forma de integrar a Amazônia ao restante do país. “Essa foi a grande missão dos nossos pioneiros soldados da borracha”, disse Pedro.
Com um discurso firme, Pedro Fernandes defendeu a união dos nove estados da Amazônia Legal em torno de pautas comuns, como a BR-319 e os embargos ambientais, e propôs uma mobilização em Brasília. “Podemos sim definir uma pauta, pautas prioritárias para os nove estados e levar a Brasília e fazer uma peregrinação em todos os gabinetes dos deputados federais e senadores da nossa região”, declarou. Ele também reforçou o papel dos deputados estaduais na articulação com a bancada federal: “Todo deputado federal na sua base tem um deputado estadual que pede voto pra ele”.
Para Pedro Fernandes, a articulação entre os estados é essencial para garantir respeito, justiça e dignidade a quem vive e produz na Amazônia. “Não é possível que os nossos representantes não se unam. Precisamos defender essas pautas em comum com a força que o povo da Amazônia merece”, concluiu.