Tudo mudou para tudo continuar (quase) igual. Na retotalização dos votos da última eleição, depois que as regras do jogo foram mudadas quando já tinha passado longo tempo da etapa final, a única mudança foi a inclusão do nome do ex-vereador de Ariquemes, Rafael Fera, como novo membro da nossa bancada federal. E a prevista saída de Lebrão, que ocupava a cadeira com metade dos votos do agora novo titular. O que mudou mesmo? Os eleitos receberam alguns votos a mais, porque os de Lebrão foram divididos e Rafael Fera ainda tem um bom caminho a percorrer, antes de sentar na cadeira que, fosse levada em conta a vontade do eleitor, já teria sido dele desde o início do mandato.
Na recontagem, Fernando Máximo ficou com 85.605 votos; Sílvia Cristina, com 65.012; Lúcio Mosquini com 48.785; Maurício Carvalho, com 32.637; Coronel Chrisóstomo, com 24.406; Rafael Fera, com 24.286; Thiago Flores, com 23.791 e Cristiane Lopes, com 22.806. Neste pacote, caso quem teve mais votos chegasse à Câmara, seriam eleitas a petista Fátima Cleide (28.422 votos) e a primeira dama de Cacoal, Joliane Duran Simões Fúria (24.630), ambas fora da Câmara por causa das respectivas legendas e coligações.
Agora começa uma nova peregrinação jurídica, para que Fera assuma sua cadeira. Primeiro, ele terá que conseguir validar a decisão da atual Câmara de Vereadores de Ariquemes, que anulou sua cassação ocorrida na gestão anterior. Depois, terá que esperar que os últimos recursos de Lebrão sejam negados e que nenhum ministro do STF peça vistas do processo. Por fim, terá que aguardar a convocação da Câmara Federal, para assumir. Caso tenha problemas de percurso e não possa assumir, o próximo suplente é o prefeito de Vilhena, o Delegado Flori, que quer manter-se onde está. A próxima suplente é a vereadora de quinto mandato de Porto Velho, Elis Regina.
CRÍTICA DE VALDIR RAUPP NOS DINOSSAUROS TEM REAÇÃO DOS BOLSONARISTAS MAIS FANÁTICOS DE RONDÔNIA
No longo bate papo que o ex-senador teve com os Dinossauros da SICTV, na semana passada, uma declaração dele causou polêmica. Raupp afirmou que não concordava com a indicação e apoio de Jair Bolsonaro ao empresário Bruno Scheid, de Ji-Paraná, porque o único mote de campanha de Scheid “seria uma vingança, para cassar ministros do STF”! Imediatamente começaram a surgir nas redes sociais pronunciamentos e comentários a favor de Scheid, vindos de bolsonaristas mais fanáticos. E em seguida dele próprio, confirmando que é isso mesmo. O próprio pré-candidato divulgou um vídeo em que afirma que “realmente este será um dos motes da campanha”.
O ex-Presidente está tentando lançar nomes muito ligados a ele, para compor uma maioria no Senado, em 2026 com o objetivo maior de cassar ministros da Corte Suprema, mas principalmente Alexandre de Moraes. Este é um assunto público, já divulgado por várias fontes. A divisão ideológica que atingiu o Brasil e também a Rondônia, onde 70 por cento dos eleitores são de direita ou conservadores, podem colocar no Senado personagens praticamente desconhecidos da política. Bolsonaro ainda é um cabo eleitoral muito poderoso no Estado.
Bolsonaro defende com unhas e dentes a teoria de que, com maioria de senadores, poderá começar processos de depuração no STF, coisa que seus seguidores aplaudem. Mas só isso será suficiente? Rondônia tem nomes de peso, com muitos serviços prestados, que também querem as duas vagas. Bolsonaro conseguirá seu intento, mesmo ele estando inelegível para 2026? Saberemos quando as urnas e abrirem no ano que vem!
A BRIGA PELO SENADO SERÁ UMA DAS MAIS ACIRRADAS DA HISTÓRIA, MESMO SEM TODAS AS DEFINIÇÕES ATÉ AGORA
Por falar em Senado, o quadro continua complicado, porque são muitos nomes de peso para as duas vagas. O próprio Raupp ainda analisa o quadro, para definir se entra ou não na disputa. O melhor quadro para ele fosse se Marcos Rogério e Confúcio Moura disputassem o Governo, tirando da disputa senatorial dois nomes entre os mais fortes. Neste momento, surgem como duas candidaturas bastante viáveis a do governador Marcos Rocha, pelo governo acima da média que está realizando e o deputado federal Fernando Máximo, que em breve troca de partido e deve disputar pelo PL de Bolsonaro, na mesma chapa que terá Bruno Scheid. Não há ainda definição também sobre Hildon Chaves, que tem como Plano A concorrer ao Governo, mas como Plano B buscar uma vaga ao Senado.
Neste pacote, quem não colocar o nome da deputada federal Silvia Cristina na relação dos “com chance”, estará cometendo um pecado mortal. E Acir Gurgacz? Que ninguém subestime o ex-senador de Ji-Paraná, nome fortíssimo nesta disputa acirrada que se antevê para 2026.
Faltando ainda pelo menos nove meses para as definições, porque tudo começa a ferver a partir de abril, a poucos meses da eleição, o quadro ainda é difícil de clarear, na medida em que são várias lideranças, cada uma com seu potencial, para tentar chegar às duas vagas ao Senado. A disputa por elas deverá ser uma das mais complexas de 2026. Quem ganhará?
OS BILHÕES DA FEIRA, PIB RECORDE E MENOR DESEMPREGO: ROCHA COMEMORA O SUCESSO DA NOSSA ECONOMIA
Enquanto em algumas regiões do país a economia patina, sem sair do ligar, em Rondônia há uma sucessão de boas notícias. Pode-se começar destacando o agronegócio e a edição recém concluída da Rondônia Rural Show, recorde de público, com quase 430 mil visitantes e, muito mais, de vendas, com mais de 5 bilhões e 100 milhões de reais faturados. Isso é perto de 1 bilhão de dólares e 16 por cento a mais do que no ano anterior, que já havia sido um sucesso. A feira, iniciada modestamente no governo Confúcio, no ano de 2012. Naquela primeira edição, as vendas já foram surpreendentes: mais de 186 milhões de reais, 27 vezes menos do que faturado este ano.
Outro destaque que não se pode ignorar é a previsão de que Rondônia terá um PIB de 4,7 por cento este ano, o segundo maior do país, ao lado do Mato Grosso do Sul, um Estado que começou seu histórico desenvolvimento muito antes que nós. Os números previstos para a expansão da nossa economia, quando cresceremos mais que o dobro da média nacional, nos coloca à frente de potências econômicas como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e vários outros Estados. É um novo período dourado, equiparando-se aos anos da corrida do ouro, para os rondonienses.
Por fim, outro item de vital importância para todos, uma das maiores provas de que Rondônia tem uma das melhores economias do Brasil, oportunidades de renda e melhoria de vida para a população, é que no primeiro trimestre de 2025, nos tornamos o segundo Estado brasileiro com menor desemprego. A queda para 3,1 por cento nos que estão desempregados é mais uma demonstração concreta do crescimento da nossa economia. “Por apenas um décimo, ficamos atrás de Santa Catarina”, lembrou o governador Marcos Rocha, comemorando os números positivos. “Vamos ainda mais longe”, prevê Rocha.
SEM CENSURA, SEM DESRESPEITO ÀS OPINIÕES DE QUEM QUER QUE SEJA. POR AQUI, HÁ APENAS CRITÉRIOS SENDO SEGUIDOS
Resposta a leitor que pergunta porque neste espaço não se divulga questões que estão em outras mídias. Vamos lá! Há que se respeitar todas as opiniões. Quem gosta de censura prévia são alguns membros do Judiciário, em todas as instâncias e do atual governo brasileiro. Portanto, neste espaço, defende-se com unhas e dentes a liberdade de pensamento e de expressão, como exige nossa Constituição, que tem sido constantemente pisoteada por decisões absurdas, cada um a usando a seu bel prazer. Pode-se não concordar – assim como tem muita gente que não concorda com o que é escrito aqui – mas jamais censurar. Que isso fique bem claro.
Por isso, há que se respeitar todos os posicionamentos. Inclusive o deste escriba de mal traçadas linhas. Como ele já acompanhou tantas injustiças nestes mais de 55 anos de jornalismo, há alguns critérios para publicações de denúncias neste espaço. Nada de censura. Apenas critérios. Aqui não se acusa ninguém sem que haja fatos públicos e notórios. Sem que haja um processo em andamento; uma ação policial concreta ou fatos que sejam incontestáveis.
Por causa da política e de seus interesses, já se destruiu muitas vidas, muitas famílias. Apenas um exemplo: um conhecido político rondoniense que foi inocentado de todas as acusações quase uma década e meia depois, até hoje tem uma sério problema de doença na família, por tudo o que a pessoa sofreu. Como aqui não se tem interesse político e, como critério, tenta-se dar opiniões sinceras sobre fatos concretos, respeitando-se sempre quem pensa diferente, este tipo de procedimento continuará sendo seguido, em respeito aos leitores e aos que militam na vida pública.
REBELO VOLTA AO ATAQUE CONTRA MARINA SILVA E PROTESTA CONTRA A PIOR QUALIDADE DE VIDA NA AMAZÔNIA
Ah, que problema cada vez que Aldo Rebelo abre a boca! Ele faz tremer as estruturas do governo, do ministério do Meio Ambiente, comandado pelas ONGs internacionais e, principalmente, da ministra Marina Silva, aquela que é da Amazônia mas não quer a gente da Amazônia tenha uma vida digna. Marina desfile pelas largas avenidas de São Paulo, com toda a sua superestrutura e modernismos, enquanto a região que ela deveria defender tem os piores índices humanos do país.
Numa nova entrevista, Rebelo questiona: qual o poder político de Marina Silva, já que no Congresso seu partido nem tem sequer um senador? Ele foi mais longe: “que poder é este em que o governo federal contingenciou o orçamento de 37 ministérios e, qual foi o único que manteve 100 por cento de seus recursos? Ora, foi o Ministério do Meio Ambiente. Por que? Porque ali a força política não vem do Congresso, não é uma força política com raízes e bases nacionais”.
Aldo Rebelo explica: “ali há uma força política que vem de fora, das embaixadas da Europa e dos Estados Unidos, que controlam as organizações não governamentais por eles financiadas”. Esta é a correlação de forças que domina as questões ambientais no Brasil, resumiu. Rebelo tem denunciado estes acordos internacionais, feitos em detrimento dos grandes interesses brasileiros e protestado pela situação da população Amazônica, que tem os piores índices de desenvolvimento humano do país, em praticamente todos os setores.
DELEGAÇÃO DAS MULHERES RONDONIENSES SE DESTACAM EM ENCONTRO NACIONAL DO PL
A vereadora Sofia Andrade e a presidente regional do PL em Rondônia, Sandra Melo, foram algumas representantes rondonienses no Encontro Nacional de Mandatárias do PL Mulher, realizada na última sexta-feira em Brasília. O ex-presidente Bolsonaro participou do evento, comandado pela ex-primeira dama Michele Bolsonaro, reunindo centenas de lideranças de todo o país. O senador rondoniense Marcos Rogério também prestigiou o evento. Mulheres de todo o país convergiram para a Capital Federal, num encontro que tenta mobilizar toda a direta feminina para a disputa eleitoral do ao que vem.
Num vídeo divulgado nas redes sociais, Sofia Andrade e Marcos Rogério trocam elogios, ela chamando ele de “o melhor senador do país”, enquanto Rogério conclamava as mulheres, como Sofia, a trabalharem “para mudar o Brasil”. Como pano de fundo do encontro, as rondonienses foram também incitadas a participar diretamente da disputa nas urnas e da mobilização para que o PL feminino avance e abra espaço para muito mais mulheres na política.
A participação da mulher ainda está muito distante do ideal, também aqui em Rondônia. O PL, por exemplo, elegeu apenas 15 vereadoras e duas vice-prefeitas, em 14 cidades. Todas as demais localidades não deram espaço para as liberais. Na Assembleia Legislativa, quatro deputadas são conservadoras, mas nenhuma do PL. A esquerda elegeu apenas uma.
VEM AÍ NOVO ATAQUE AO BOLSO DE QUEM PRODUZ. BAGATTOLI PROTESTA E DIZ QUE GOVERNO LULA CRIOU UM IMPOSTO A CADA 37 DIAS
Lá vem mais imposto para atacar o bolso de quem trabalha e produz. Como o aumento do IOF fracassou (aliás, mais uma tentativa do governo de engordar os cofres obesos da União que não deu certo) o jeito agora é criar outra forma de arrancar grana dos setores produtivos do país. O senador rondoniense Jaime Bagattoli protestou contra a medida. “Na prática, a saída encontrada foi compensar as perdas aumentando a carga tributária. A principal medida é a aplicação de um imposto sobre a LCI (Letras de Crédito Imobiliário), a LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e o Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais). Esses investimentos são extremamente populares entre os trabalhadores e pequenos poupadores que buscam uma rentabilidade um pouco maior que a da poupança, justamente por sua isenção de Imposto de Renda, que agora está ameaçada”, informou.
“A decisão é péssima para os pequenos investidores e para os produtores. Ela mostra, mais uma vez, que o atual Governo escolhe penalizar quem ganha menos e quem financia o agro para não sair perdendo na arrecadação. O governo tenta, a todo custo, tapar o buraco de uma gestão que gasta de forma descontrolada. É um claro ataque ao setor produtivo e um prejuízo certo para o consumidor”, analisou.
O representante rondoniense no Senado foi mais longe: “desde 2023, o que vemos é um aumento de impostos a cada 37 dias. Não há qualquer movimento para cortar privilégios, combater o desperdício na máquina pública, ou seja, cortar gastos. A única solução que o governo consegue enxergar é avançar sobre o bolso do cidadão e sobre a capacidade produtiva do Brasil, tributando com mais força quem poupa e quem produz”, protestou Bagattoli.
NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 12, DEBATE SOBRE ATUALIZAÇÃO DO NOSSO ZONEAMENTO SERÁ EM PIMENTA BUENO
Quanto mais se debate, mais reforça a necessidade de que Rondônia repense e avalie a importância da atualização do seu Zoneamento Sócioeconômico e Ecológico. Por isso, será de grande importância a participação de autoridades, produtores e comunidades em mais uma audiência pública para debater o tema. O encontro acontecerá nesta quinta-feira, dia 12, a partir das 189 horas, em Pimenta Bueno, liderado pelo deputado Ismael Crispin, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa e que tem levado as discussões sobre a atualização a várias regiões do Estado. “Esse é um momento decisivo para o futuro do nosso Estado. A participação da população é fundamental para que possamos construir um zoneamento justo, equilibrado e que respeite tanto o meio ambiente quanto quem produz no campo”, destacou. Na última audiência realizada em Nova Mamoré, ele reforçou que a proposta de atualização do zoneamento não busca impor decisões unilaterais, “mas sim ouvir as diferentes vozes da sociedade”.
“Estamos percorrendo o Estado para ouvir cada região, cada produtor, cada comunidade. Ouvimos as dores, as incertezas e as sugestões de quem vive nossa realidade rural”, afirmou Ismael Crispin, que também lembrou que “a legislação atual está defasada, sendo baseada em dados do ano 2000”. Para ele, “Rondônia não é mais o mesmo de 25 anos atrás. Evoluímos na produção, na tecnologia e na consciência ambiental. Precisamos de um zoneamento que reflita essa nova realidade e que traga segurança jurídica para todos os envolvidos”, defendeu.
Segundo Crispin, “a expectativa para a audiência em Pimenta Bueno é grande. Lideranças políticas, comunitárias, técnicos e moradores da região são esperados para mais uma rodada de escuta e construção coletiva sobre o futuro ambiental e produtivo de Rondônia”.
PERGUNTINHA
O que você achou do voto do ministro André Mendonça, do STF, defendendo a Constituição e contestando a tese apoiada pelo ministro Alexandre de Moraes e provavelmente por todos os demais ministros, que proíbe o controle de opiniões e pensamentos dos brasileiros?