Diante da reação negativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o Governo Federal recuou, mas apresentou uma alternativa que ataca diretamente a poupança dos brasileiros e o financiamento de setores vitais para a economia, como o agronegócio e a construção civil.
Na prática, a saída encontrada foi compensar as perdas aumentando a carga tributária. A principal medida é a aplicação de um imposto sobre a LCI (Letras de Crédito Imobiliário), a LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e o Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais).
Esses investimentos são extremamente populares entre os trabalhadores e pequenos poupadores que buscam uma rentabilidade um pouco maior que a da poupança, justamente por sua isenção de Imposto de Renda (IR), que agora está ameaçada.
Por serem as principais fontes de fomento para o setor produtivo no país, o senador Jaime Bagattoli (PL), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), alerta para os impactos da medida.
“A decisão é péssima para os pequenos investidores e para os produtores. Ela mostra, mais uma vez, que o atual Governo escolhe penalizar quem ganha menos e quem financia o agro para não sair perdendo na arrecadação. O governo tenta, a todo custo, tapar o buraco de uma gestão que gasta de forma descontrolada. É um claro ataque ao setor produtivo e um prejuízo certo para o consumidor”, declarou o senador.
A proposta de tributação gera consequências negativas em cascata, como: encarecimento do crédito rural, redução da competitividade do Agro, aumento do preço de alimentos, insegurança jurídica e fuga de investimentos.
Para Bagattoli, a fórmula escolhida pelo atual governo de alta tributação, além de ineficaz, revela uma profunda desconexão com a realidade econômica do Brasil.
“Desde 2023, o que vemos é um aumento de impostos a cada 37 dias. Não há qualquer movimento para cortar privilégios, combater o desperdício na máquina pública, ou seja, cortar gastos. A única solução que o governo consegue enxergar é avançar sobre o bolso do cidadão e sobre a capacidade produtiva do Brasil, tributando com mais força quem poupa e quem produz”, conclui o senador.