A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com críticas diretas a política de guerra do governo de Israel, Benjamin Netanyahu, que Lula comparou como um genocídio, na mesma esteira do holocausto, do ditador nazista Adolf Hitler, soou como pólvora no paiol.
O discurso de Luiz Inácio, no domingo, (18) durante viagem internacional, mirou diretamente a guerra de Netanyahu que tem massacrado os palestinos entre homens, mulheres e crianças na Faixa de Gaza.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, declarou.

A declaração bastou para imprensa mundial projetar Lula nas grandes telas. No Brasil, críticas partem de políticos pro-Bolsonaro que já até protocolaram um pedido de impeachment. Na internet, a defesa de quem apoia a fala do presidente Lula vem na mesma proporção de todos os cantos do planeta. Em especial na América Latina, o presidente da Bolívia, Luis Arce publicou uma foto na sua página pessoal do Instagram com Lula.
Arce não polpou apoio ao petista e disse que Lula só falou a verdade e que a história não vai perdoar os indiferentes a barbárie.
“Do Estado Plurinacional da Bolívia expressamos toda a nossa solidariedade e apoio ao irmão presidente da Brasil, Lula, declarado “pessoa não grata” em #Israel por dizer a verdade sobre o genocídio que se comete contra o corajoso povo palestino. A história não perdoará aqueles que são indiferentes a esta barbárie”, disse Arce.

Mais cedo, o ex-presidente Evo Morales também já havia se posicionado em prol de Lula. Aymar chega a dizer que ser declarado “persona no grata” de um governo genocida é um privilégio.
“Nossa solidariedade ao irmão Lula, injustamente declarado “persona non grata”, por defender a vida e a dignidade do povo palestino face ao genocídio em Gaza levado a cabo pelo Estado de Israel. Ser declarado persona non grata por um governo genocida que comete massacres contra crianças é um privilégio que reafirma o compromisso com a vida e a paz perante a comunidade internacional e os povos do mundo”, declarou.
A Guerra entre o governo de Israel e o Hamas já perdura por quatros meses com saldo de 28.985 mortos, crianças são as maiores vítimas.