Um caso chocante foi confirmado pela Polícia Civil de Minas Gerais: o adolescente Bernardo Lucas de Araújo Ribeiro, de 13 anos, morreu de fome após permanecer cerca de oito dias trancado sozinho em um apartamento no bairro Jardim Guanabara, em Belo Horizonte.
Bernardo era autista, não verbal e totalmente dependente da mãe, Heddy Lamar de Araújo, de 44 anos, que foi assassinada dias antes em um crime de feminicídio. Segundo a investigação, as mortes estão diretamente ligadas.
Conforme apurado, Heddy deixou o apartamento durante a madrugada, trancando o filho no quarto, sem acesso a alimentos, água ou meios de pedir ajuda. Câmeras de segurança registraram a mulher solicitando uma corrida por aplicativo e dirigindo-se à região do Hospital Risoleta Neves, onde encontrou Bruno Alexandre Ferreira, de 37 anos, seu companheiro há cerca de dois anos.
O crime foi premeditado, segundo a polícia, e o laudo do Instituto Médico Legal indicou que Heddy morreu por asfixia, apesar de apresentar perfurações por objeto cortante. Bruno foi preso preventivamente em 18 de dezembro em Santa Luzia. Ele nega autoria, mas apresentou contradições nos depoimentos.
Após a identificação de Heddy, os policiais encontraram o corpo de Bernardo, e o laudo pericial confirmou a morte por inanição, evidenciando a gravidade da omissão que impediu sua sobrevivência.
Bruno Alexandre Ferreira foi indiciado por feminicídio e homicídio por omissão. O caso provocou comoção nacional e reacendeu o debate sobre proteção de pessoas com deficiência, violência contra a mulher e falhas que podem levar a tragédias evitáveis.







































