A Patrulha Maria da Penha (PMP) em Rondônia passou por uma reestruturação estratégica, com a criação do Batalhão de Policiamento de Enfrentamento à Violência Doméstica (BPVID) e do Núcleo de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (NUPEVID). A mudança resultou no aumento dos atendimentos e no fortalecimento da rede de proteção às mulheres com Medidas Protetivas de Urgência (MPU).
Vinculada à Coordenadoria de Atividades Sociais (CAS) da PMRO, a nova estrutura trouxe especialização e gestão integrada, permitindo centralizar e otimizar as ações da patrulha. O Governo de Rondônia investiu mais de R$ 16,8 milhões no Fundo Estadual de Segurança Pública, entregando 14 viaturas, 250 computadores e novas tecnologias de apoio à fiscalização e acompanhamento das vítimas.
Investimento e fortalecimento da rede de proteção
O governador Marcos Rocha destacou que os investimentos reforçam o compromisso do estado com a defesa das mulheres, unindo tecnologia, presença policial e acolhimento humanizado. “O objetivo é salvar vidas e romper o ciclo da violência”, afirmou.
Segundo o secretário da Sesdec, Felipe Vital, a integração entre as forças de segurança possibilitou ampliar o alcance e a eficiência da PMP. “A reestruturação da PMRO e os investimentos realizados pelo governo proporcionaram condições para que a Patrulha Maria da Penha atuasse de forma mais presente e comprometida na proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade”, disse.
Atuação em todo o estado
A PMP atua em 10 municípios, incluindo Porto Velho, Ji-Paraná, Vilhena e Cacoal, com 13 patrulhas ativas e 32 policiais militares. Nos primeiros seis meses de 2025, foram realizadas 7.188 visitas de acompanhamento, sendo 2.406 em Porto Velho, garantindo o cumprimento das medidas protetivas.
Programas de apoio e inovação tecnológica
A política pública também conta com o programa Mulher Protegida, que oferece auxílio financeiro e suporte psicossocial às vítimas, e o aplicativo S.O.S Mulher Rondônia, lançado em junho de 2025, que permite acionar a Polícia Militar em tempo real pelo “botão do pânico” virtual.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Régis Braguin, enfatizou que os resultados comprovam a eficiência da nova estrutura. “A criação do BPVID e a integração com o NUPEVID possibilitaram uma resposta mais rápida e humanizada às vítimas, fortalecendo o vínculo de confiança entre a sociedade e a Polícia Militar”.