Um foragido da Justiça de Mato Grosso, conhecido como “Rei do Face” por seus golpes em redes sociais, foi preso no último sábado, 5 de julho de 2025, em Espigão do Oeste, Rondônia, pela Polícia Civil de Rondônia. O criminoso, cuja identidade não foi revelada, é acusado de diversos crimes de estelionato nos estados de Rondônia e Mato Grosso, utilizando documentos falsos para fraudar a compra de veículos.
De acordo com a apuração policial, o golpista utilizava nomes falsos, como “Cleiton Amorim”, para ludibriar suas vítimas. Ele se apresentava como um comprador interessado em veículos anunciados em plataformas como o Facebook.
O golpe consistia em negociar a compra dos veículos e, em seguida, realizar depósitos bancários com cheques sem fundos ou documentos bancários falsos. As vítimas, acreditando na efetivação do pagamento, entregavam o veículo e providenciavam a transferência de propriedade junto ao Departamento de Trânsito (Detran) e cartórios, utilizando os documentos fraudulentos fornecidos pelo falso comprador.
Um dos casos mais marcantes envolveu um idoso de 60 anos, que vendeu seu automóvel Fiat Siena por R$ 22 mil. Após a confirmação bancária aparente, a vítima transferiu o veículo e entregou as chaves. Pouco tempo depois, descobriu que o depósito era fraudulento. O suspeito bloqueou os contatos e desapareceu com o carro. Em outra fraude, o criminoso aplicou o mesmo golpe na compra de uma caminhonete S10, avaliada em R$ 63 mil, utilizando o mesmo modus operandi de depósito falso e transferência com documentos falsificados.
As investigações comprovaram que o criminoso agia de forma reiterada, utilizando documentos falsos não apenas para aplicar os golpes, mas também para efetuar a transferência dos veículos no Detran e em cartórios, configurando crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso, além do estelionato.
O delegado Mateus Almeida Oliveira Reiners, responsável pelo caso, destacou que o inquérito policial reuniu provas contundentes que fundamentaram a denúncia do Ministério Público e o pedido de prisão preventiva, posteriormente decretado pela Justiça.