O “inverno amazônico”, período de maior pluviosidade na região Norte, iniciou-se oficialmente em 20 de dezembro. Desde então, as chuvas têm aumentado em intensidade, volume e frequência, e persistirão de dezembro a maio. Cabe destacar que, nesta parte do país, o período de chuvas se concentra na estação do verão. Neste Natal, dados meteorológicos do satélite GOES-19, divulgados pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPETEC), indicam a formação intensa de “rios voadores” (ou rios atmosféricos) em Rondônia.

Como regionalismo, adotamos o termo amazônico “rios voadores”. Imagens do GOES-19 revelam uma extensa formação de nuvens atmosféricas sobre as regiões Norte, Noroeste, Oeste, Sudoeste, Nordeste, Leste e Sudeste. Essa formação, já prevista pelo News Rondônia para o período natalino, demonstra claramente as condições climáticas atuais.

A análise das condições climáticas, realizada pelo CPTEC em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), revela um padrão no deslocamento de nuvens. Estas se originam no sul do Amazonas e seguem em direção às nuvens que pairam sobre Rondônia, onde o vento desvia sua trajetória e encontra as massas de ar vindas da Cordilheira dos Andes.
Essa interação atmosférica direciona as nuvens pela Bolívia, Argentina e noroeste do Paraguai, culminando no Rio Grande do Sul, estado que, segundo a MetSul Meteorologia, enfrenta chuvas intensas.

A complexidade do clima e das condições meteorológicas da Amazônia reside, em grande parte, na influência da própria floresta, que gera umidade em larga escala. Esse fenômeno, conhecido pelos climatologistas como evapotranspiração, é o principal motor da formação dos [rios voadores]: massas de ar carregadas de umidade. Os ventos, por sua vez, transportam esses rios voadores para outras regiões do Brasil, principalmente o Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além de irrigar países vizinhos.











































