O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro informou ter identificado 100 dos 121 mortos na Operação Contenção. Os corpos de sessenta pessoas já foram liberados para sepultamento.
As informações foram divulgadas por deputados federais e estaduais que realizaram uma diligência no IML da capital na tarde desta quinta-feira.
Cobrança por transparência
Todos os corpos passaram pelo exame de necropsia, que detalha a causa e as circunstâncias da morte. Contudo, os laudos completos só devem ser divulgados em um prazo de 10 a 15 dias úteis.
Os parlamentares cobraram a divulgação de uma listagem com os nomes de todos os mortos já identificados. O deputado federal Henrique Vieira (PT-RJ) afirmou que a direção do IML do Rio de Janeiro atribuiu a decisão à Secretaria de Polícia Civil.
“Se já tem um número de identificados e um número de liberados, por que isso ainda não é público? A única conclusão é que o Secretário de Polícia Civil ainda não autorizou”, criticou o deputado.
A deputada federal Talíria Petroni (PSOL) complementou que a justificativa dada é que a operação fez parte de uma investigação. “O que mostra que eles já têm uma pré-caracterização de quem são esses mortos, de que há o envolvimento deles em algum crime”, disse.
Direito constitucional
A comitiva de parlamentares também reivindicou que os familiares possam ver os corpos antes do recolhimento pelas funerárias.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) citou o caso de um casal cujo filho foi decapitado e eles não conseguiam entrar para reconhecer o corpo, o que, segundo ela, é um direito constitucional.
A direção do IML argumentou que o problema é de espaço físico e que a identificação é técnica, feita por papiloscopia, DNA ou radiografia ortodôntica. A família só poderia ver o corpo ao sair no caixão. “Mas nós apelamos porque a dor das famílias é muito grande”, concluiu Feghali.
 
         
         
         
        








































