O ex-goleiro e ídolo do Flamengo, Emerson Ferretti, atualmente presidente do Bahia, usou suas redes sociais para fazer uma homenagem pública ao seu namorado, o bailarino Jordan Dafner, que completou 29 anos. O casal está junto desde dezembro de 2024.
Ferretti postou uma mensagem afetuosa ao lado de uma foto com o namorado:
“Parabéns, que Deus continue iluminando seus caminhos lindamente”, escreveu o presidente do Bahia.
A atitude do ex-atleta ganha destaque no cenário esportivo, já que Emerson Ferretti se tornou o primeiro dirigente de um clube no país a assumir publicamente ser gay, enfrentando e expondo o preconceito historicamente enraizado no futebol brasileiro.
O dilema e a solidão no mundo do esporte
Em entrevista anterior ao programa ‘Conversa com Bial’, da TV Globo, Ferretti abordou a pressão e a solidão que sentiu ao longo de sua carreira no esporte. Ele relatou que precisou esconder sua orientação sexual por muitos anos devido ao ambiente homofóbico.
- Preconceito no Futebol: “Desde cedo eu entendi que o futebol não aceitava homossexuais, né? A minha adolescência foi nos anos 80. Naquela época não tinha internet.”
- Processo Solitário: Ele descreveu a descoberta e a aceitação de sua sexualidade como um processo “muito solitário”, já que na época não havia contato com o mundo LGBT e a homossexualidade era até considerada doença pela OMS.
- Dilema Interno: “Eu vivia um dilema muito grande interno. A minha vida profissional caminhava para ter um destaque muito grande e a minha vida pessoal era um vazio muito grande.”
Ferretti revelou que a dificuldade em equilibrar sua vida profissional e sua sexualidade o levou a uma “decisão inconsciente de sair de cena” (do futebol profissional), um entendimento alcançado após 20 anos de terapia.







































