O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma forte ameaça ao grupo terrorista Hamas em sua rede social nesta quinta-feira (16). A declaração ocorre após vídeos mostrarem homens armados executando pessoas nas ruas da Cidade de Gaza, mesmo com o acordo de cessar-fogo assinado.
“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não era o acordo, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los”, escreveu Trump, sem detalhar se a ação seria conduzida por militares americanos ou se ficaria a cargo de Israel. Analistas indicam que a demonstração de força do Hamas, com as execuções, é uma tentativa de resistir a clãs armados que desafiam o controle do grupo.
Netanyahu: “Combate em Gaza ainda não acabou”
A ameaça de Trump foi feita logo após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarar que os combates na Faixa de Gaza ainda não terminaram, apesar do cessar-fogo. Netanyahu condicionou a continuidade do acordo à entrega de todos os corpos de reféns israelenses que morreram em cativeiro.
“O combate ainda não terminou, mas há uma coisa muito clara: quem levantar a mão contra nós sabe que pagará um preço elevado”, disse o premiê, que também prometeu conseguir o retorno de todos os reféns.
Demora na entrega dos corpos ameaça o cessar-fogo
A demora do Hamas em devolver os restos mortais dos 28 reféns israelenses mortos em Gaza tem colocado o acordo de cessar-fogo em risco. Até quarta-feira (15), apenas nove corpos haviam sido entregues.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ameaçou retomar os combates se o Hamas não cumprir integralmente o acordo e entregar todos os restos mortais. O Hamas, por sua vez, alega ter entregue todos os corpos aos quais conseguiu ter acesso, e que precisa de “esforços extensivos e equipamento especial” para recuperar os demais das ruínas de Gaza.
Devido à situação, Israel comunicou à ONU que decidiu limitar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Apenas 300 caminhões, metade do acordado, serão permitidos, e o fornecimento de combustível e gás será restrito.