O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (14 de outubro de 2025) que o governo federal está “completamente seguro” de que não será necessário retomar o horário de verão neste ano. A declaração foi feita em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro.
Planejamento e índice de chuvas garantem segurança
A decisão foi tomada após avaliação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. O ministro destacou que o planejamento da pasta, aliado ao bom índice pluvial dos últimos anos, colocam o país em “condição de segurança energética completa e absoluta para este ano”.
O Comitê de Monitoramento se reúne mensalmente para avaliar a segurança energética nacional e o princípio da modicidade tarifária, que busca garantir a cobrança de tarifas justas para o consumidor.
Investimento em térmicas e armazenamento de energia
Silveira lembrou que o Brasil tem uma forte dependência das hidrelétricas, as quais garantem a segurança energética e dependem do apoio das térmicas. Nesse sentido, o ministro confirmou o lançamento do leilão das térmicas na próxima semana.
O titular do MME também destacou o crescimento da produção de energia no Brasil, em especial por meio das energias renováveis. No entanto, ele ressaltou que essas energias, como a solar e a eólica, são intermitentes. Para lidar com essa intermitência, o governo planeja lançar ainda este ano o leilão de bateria.
“A gente vai literalmente armazenar vento. O vento vai ser armazenado através das baterias. Através da bateria, vamos ter o sol até 22 horas armazenado. Energia solar armazenada em baterias. É um grande sistema que vem estabilizar o nosso sistema.”
Sistema robusto e coragem para agir
O ministro mencionou que a intermitência das energias renováveis é um desafio mundial, citando recentes apagões em Portugal e Espanha. Contudo, Silveira garantiu que o sistema brasileiro é muito robusto e possui um planejamento bem executado.
Ele finalizou reforçando que, caso fosse necessário para evitar a falta de energia para a população, o governo teria “coragem completa e absoluta” de implementar o horário de verão, independentemente das controvérsias.