O Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM-RJ) e outros movimentos sociais estão preocupados com a possibilidade de perderem suas sedes. Os imóveis onde as entidades funcionam foram incluídos em uma lista de alienação do estado do Rio de Janeiro. O GTNM-RJ ocupa o espaço em Botafogo desde 1994, cedido pelo próprio governo estadual em reconhecimento a suas atividades de interesse social.
Durante 31 anos, a sede na Rua General Polidoro foi crucial para o trabalho do grupo, que inclui acolhimento a vítimas de violência, preservação da memória e defesa dos direitos humanos. O GTNM-RJ, que é uma organização sem fins lucrativos, vive de doações e teme que a perda do imóvel inviabilize suas operações. A importância do grupo para a democracia brasileira é reconhecida em nível nacional e internacional.
Em nota, o GTNM-RJ reivindicou a retirada de sua sede e dos imóveis de outros movimentos sociais da lista de alienação. Um abaixo-assinado já reúne mais de 800 assinaturas em apoio à manutenção do grupo no local.
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) designou um grupo de trabalho para analisar a situação. O deputado Rodrigo Amorim (União), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), informou que vistorias serão realizadas nos imóveis listados. A Casa Civil do governo do estado, por sua vez, garantiu que o projeto de lei tem caráter autorizativo e que a continuidade das atividades de instituições de relevante interesse social será considerada.