A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção de seu acordo de delação premiada. O pedido foi feito nesta terça-feira, 2 de setembro, durante o início do julgamento da ação penal que investiga a trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022.
O advogado Jair Alves Pereira refutou as acusações de que Cid teria sido coagido a depor, em resposta a áudios divulgados pela revista Veja. O jurista defendeu a validade do depoimento de seu cliente, argumentando que é legítimo que um investigado confronte as ideias da investigação. “Em nenhum momento ele diz, especifica que falou isso”, ressaltou.
Posição de Mauro Cid no processo
Mauro Cid figura no processo tanto como delator quanto como réu. Por meio do acordo de delação, ele tem a possibilidade de responder às acusações em liberdade, além de poder ter a pena reduzida em caso de condenação. O advogado Pereira negou que seu cliente tivesse conhecimento do “Plano Punhal Verde-Amerelo”, um arquivo que, segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), continha planos de assassinato contra figuras políticas.
Segundo a defesa, Cid apenas recebeu o arquivo em seu celular e não participava dos grupos de WhatsApp em que o plano e a trama golpista eram discutidos. A sessão do STF continua com as sustentações orais dos demais advogados dos réus envolvidos.