A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira, 19 de agosto de 2025, a Operação Kabali para investigar supostas fraudes em contratos de formação profissional. As investigações apuram irregularidades em acordos entre o antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH).
As autoridades cumpriram dois mandados de busca e apreensão na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A Operação Kabali busca evidências de desvios de cerca de R$ 3,8 milhões em verbas públicas. Os contratos firmados na gestão da então ministra Damares Alves (2019-2022) tinham como objetivo oferecer cursos de informática e design gráfico, mas há indícios de que os treinamentos não foram realizados. Os investigados podem responder por crimes de fraude em licitação, peculato e associação criminosa.
Damares Alves se defende e afirma ter pedido investigação
Em nota, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) declarou que a apuração foi iniciada por sua própria solicitação. Ela afirmou que, em 2022, diante de fortes indícios de irregularidades, pediu uma auditoria da CGU nos contratos firmados com o IDSH e com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (INADH).
A senadora acrescentou que o relatório da CGU teve como base informações fornecidas pela Assessoria de Controle Interno do próprio ministério. Damares também informou que, após receber o relatório, sua equipe exigiu providências das organizações e, em outubro de 2022, o IDSH devolveu R$ 1,1 milhão aos cofres públicos. Ela concluiu a nota dizendo que não conhece os donos dos institutos investigados.