A defesa do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, pediu sua absolvição na ação penal sobre a trama golpista. Nas alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), Ramagem negou ter ordenado o monitoramento ilegal de ministros do STF e adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele argumenta que não pode ser responsabilizado por cada ato da agência durante sua gestão, a menos que a acusação prove que ele tinha conhecimento das supostas irregularidades.
O pedido de absolvição foi protocolado no prazo final de entrega das alegações finais, que se encerra nesta quarta-feira (13). A manifestação, encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, é a última dos réus antes do julgamento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Ramagem de ter usado a Abin para fins políticos.
Os réus da trama golpista
Além de Ramagem, outros réus do mesmo núcleo do processo também devem apresentar suas alegações finais. A lista inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sergio Nogueira e Walter Braga Netto. O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, também é réu. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que fez um acordo de delação premiada, já entregou suas alegações no mês passado.