Tebet também fortaleceu o anúncio da construção da ferrovia, em parceria com a China, que ligará o Brasil do Atlântico ao Pacífico, chegando ao Porto de Chancay, no Peru: “Será a primeira ferrovia a interligar dois oceanos, o Atlântico (na Bahia) ao Pacífico (no porto de Chancay, no Peru), passando por Goiás, Mato Grosso do Sul (MS), Vilhena (RO), Porto Velho e pelo Acre, para fazer com que os nossos produtos cheguem mais rápido à Ásia”.
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Porto Velho, ocorrida na tarde da sexta-feira (08), ainda se sente o efeito Lula sobre o estado de Rondônia. Quinze anos após sua última visita em Rondônia, Lula e sua comitiva de ministros anunciaram um pacote de investimentos de R$ 1,4 bilhão. A demonstração de capacidade do governo em gerir o país conta com o auxílio de ministros alocados em ministérios fundamentais para atuar em áreas vitais.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que inclusive concorreu à Presidência em 2022, hoje comanda uma das principais pastas do governo. Ao anunciar as obras que integram o “Novo PAC”, Tebet foi incisiva e criticou o conflito criado por Bolsonaro com os Estados Unidos, referindo-se às sanções decorrentes das ações tendenciosas provocadas por Eduardo Bolsonaro. Tebet enfatizou que os Estados Unidos são um importante parceiro comercial para o Brasil, mas que a China supera essa parceria em volume de negócios. “Os EUA não podem se enganar: hoje, o nosso maior parceiro comercial é a China”, disse.
Tebet foi além e afirmou que, mesmo sem o Brasil, a América do Sul, com a soma integrada dos seus países, superaria os Estados Unidos em parceria comercial. Isso significa que a parceria comercial desses países da América do Sul superaria a dos EUA com o Brasil. “Se a América do Sul, sem o Brasil, da Venezuela à Argentina, passando pela Bolívia, fosse um único país, essa América do Sul seria nosso segundo maior parceiro comercial, superando os Estados Unidos”, declarou.
Tebet disse que o governo vem trabalhando para retirar as sobretaxas impostas aos produtos devido à interferência ideológica de Eduardo Bolsonaro no país. A ministra afirmou que o governo não trabalha apenas para o Brasil, mas busca integrar a América do Sul. “A Bolívia tem o que o Brasil precisa: grãos que não produzimos, fertilizantes e sal. Temos muito a oferecer para a Bolívia, porque no governo do presidente Lula ninguém é deixado para trás, não só no Brasil, mas em toda a América do Sul e no mundo. É um presidente que tem coragem de falar sobre o que está acontecendo em Gaza e sobre essas guerras”, finalizou.
Simone Tebet também anunciou a construção da ferrovia, em parceria com a China, que ligará o Brasil do Atlântico ao Pacífico, chegando ao Porto de Chancay, no Peru. “Será a primeira ferrovia a interligar dois oceanos, o Atlântico (na Bahia) ao Pacífico (no porto de Chancay, no Peru), passando por Goiás, pelo Mato Grosso (MS), Vilhena (RO), Porto Velho e Acre, para fazer com que os nossos produtos cheguem mais rápido à Ásia. Em um momento em que o multilateralismo está ameaçado, devemos, sim, respeitar os Estados Unidos, mas os EUA não podem se enganar: nosso maior parceiro comercial é a China.