Pelo menos dois dos três senadores rondonienses entraram de sola, com pronunciamentos fortes, defendendo, mais uma vez, a imediata abertura de um processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Tanto Marcos Rogério quanto Jaime Bagatoli seguem os passos dos seus parceiros do PL, que decidiram, em peso, voltar a exigir o impeachment do ministro, aliás, o 29º pedido apresentado ao Senado, até agora sem resultado algum. Marcos Rogério voltou ao assunto, já abordado por ele várias vezes, lembrando que “só o Senado pode conter os abusos do STF e principalmente do ministro Alexandre de Moraes!”. Para ele, a crise institucional no Brasil só poderá ser enfrentada com mudanças no Senado após as eleições de 2026, porque reconhece que, agora, “falta coragem à maioria”, para endossar esta decisão. Ele sublinhou, contudo, que sua posição “não é contra o Supremo Tribunal Federal, mas é contra aqueles que capturaram o Tribunal para cometer abuso de autoridade, para cometer perseguição, para não fazer justiça, mas fazer justamente uma perseguição política travestida de tecnicismo jurídico”.
“O ministro Alexandre de Moraes foi ao extremo. Pela terceira vez assinei um pedido de impeachment dele. Nós precisamos fazer isso. Tem que tirar dois ou três ministros do STF, mas o caso de Alexandre de Moraes é o mais grave e mais urgente. Nós já temos 30 assinaturas necessárias para propor a abertura do processo contra ele, mas é necessário que o presidente Alcolumbre ponha o assunto na pauta, para votação”. As declarações são do senador rondoniense Jaime Bagattoli, que acrescentou, ainda, que Moraes “extrapolou todos os limites. Não tem mais o que fazer a não ser o impeachment deste ministro”.
Para Bagattoli, há um grande obstáculo, o que ele chama de “problema seríssimo”. Segundo ele, “nós precisamos que o Davi Alcolumbre paute este tema. Mas não é só isso, destaca o senador do PL: “nós precisamos colocar em pauta, urgentemente, a questão a anistia do 8 de janeiro. Aquilo é outro absurdo”. Bagattolli tem defendido estas pautas e tem feito discursos muito pesados, inclusive afirmando que os senadores deveriam ir para casa, já que as decisões por eles tomadas são ignoradas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Apesar da pressão do PL, do Partido Novo e outros grupos conservadores, a proposta deverá ser engavetada, como as outras 28. Alcolumbre é aliado a Lula e ao STF e, claro, não permitirá que o impeachment seja posto em votação. Resta apenas o barulho ensurdecedor da oposição!
CRISE ESTAVA DIMINUINDO, MAS ESQUENTOU DE NOVO COM ENTREVISTAS E LÁGRIMAS
Como estão os bastidores da política rondoniense? A crise palaciana estava arrefecendo, mas voltou à mídia, primeiro por uma entrevista do governador Marcos Rocha a um site, afirmando que por três vezes tentou conversar com seu vice, Sérgio Gonçalves, mas não teve êxito. Depois com outra entrevista, desta vez da primeira dama e secretária da Ação Social do governo, Luana Rocha, conhecida por sua franqueza, quando ela deixou claro que não há mais como contornar a situação. Chegou a afirmar que “traição é traição”, dando um resumo de como o grupo palaciano vê a situação. O terceiro momento foi outra entrevista, desta vez do vice-governador Sérgio Gonçalves, em que ele confirmou ter sido escolhido por Rocha, mesmo com todas as vozes contrárias. Em alguns momentos, Sérgio Gonçalves se emocionou e chorou.
Pelos corredores do Palácio, contudo, o que se escuta é que a crise já passou e que a partir de agora os olhos precisam estar voltados apenas para as realizações do governo e as eleições de 2026. Alguns secretários, inclusive, estão se preparando para a disputa, principalmente à Assembleia legislativa, mas também para composição de chapa para a Câmara Federal. O principal nome palaciano para a Câmara é o da primeira dama Luana Rocha, mas é muito provável que outras candidaturas, como a da ex-deputada federal Jaqueline Cassol, hoje compondo a equipe da Casa Civil do governo.
Claro que a grande meta de toda a equipe de governo é levar Marcos Rocha ao Senado. A questão toda ainda envolve Sérgio Gonçalves, porque para o Governador deixar o cargo em paz, depende de como Gonçalves atuaria quando assumir o poder. Por enquanto, esta questão ainda está efervescendo, embora a tendência é que as coisas se acalmem, se ninguém mais colocar ainda gasolina nesta fogueira. Esperemos, pois!
SEGUNDO TURNO: ISRAEL E ERNESTO DISPUTAM O COMANDO REGIONAL DO PT NESTE DOMINGO
Será neste domingo, 27, a decisão de quem comandará o Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores em Rondônia, para o próximo biênio, que inclui, claro, o período da eleição geral do ano que vem. Dois candidatos disputam o segundo turno, um da Capital e outro do interior. Israel Trindade pretende sair do comando do Diretório Municipal de Porto Velho, para se tornar o principal dirigente do Estado. Já Ernesto Ferreira vem de Ji-Paraná, querendo assumir a missão de conduzir o partido do presidente Lula, em Rondônia, na direção de bons resultados no pleito do ano que vem. Os dois chegaram com grandes possibilidades de vitória neste segundo turno, embora Ernesto tenha tudo vantagem na disputa inicial.
No primeiro turno, cerca de 3.200 petistas participaram do pleito. A eleição, realizada em junho, mobilizou os diretórios de nada menos 41 cidades de Rondônia, com grande participação, o que chegou a surpreender os dirigentes do partido. No primeiro turno, Ernesto, que tem o apoio de lideranças como o três vezes deputado federal Anselmo de Jesus (presidente interino do partido no Estado) e da filha dele, a deputada estadual Cláudia de Jesus, teve 13 pontos de vantagem sobre Israel. Contudo, o representante da Capital tem apoios importantes, como o da ex-senadora Fátima Cleide e seu grupo.
O PT tenta se reestruturar e ocupar mais espaços, num Estado como Rondônia que tem, declaradamente, um eleitorado conservador ou de direita. Na última eleição, o então candidato Jair Bolsonaro teve mais de 70 por cento dos votos. Será uma árdua batalha, mas os petistas estão otimistas. A votação do partido será na sede em Porto Velho (rua Elias Gorayeb, 3327), durante a manhã e à tarde do domingo.
PSDB VEM OFICIALIZAR HILDON CHAVES COMO SEU NOME NA CORRIDA PELO GOVERNO DO ESTADO EM 2026
Agora é oficial. Habemos o primeiro pré-candidato sem volta na disputa pelo Governo do Estado. No próximo dia 7 de agosto, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, virá a Rondônia, para oficializar o nome de Hildon Chaves na disputa pela sucessão estadual. Desde os últimos meses do seu segundo mandato na Prefeitura de Porto Velho, Hildon começou a se mexer, na direção de uma candidatura à sucessão de Marcos Rocha. Quando deixou o cargo, tratou de percorrer várias cidades do interior, em busca de sentir quais as chances reais que teria. Como sentiu que seu maior prestígio político seria na região entre Candeias e Guajará Mirim, decidiu concentrar nesta área, que detém 40 por cento do eleitorado rondoniense, suas primeiras ações.
Quais as chances reais de Hildon Chaves? Ele é um bom nome, teve dois mandatos muito produtivos em Porto Velho, foi considerado o melhor alcaide que a cidade teve até aqui e deixou seu posto com uma aprovação altíssima. Terá, contudo, obstáculos também fortes. Ele é uma das poucas lideranças que restaram no PSDB, um partido muito forte no passado, mas que hoje esteve bem perto da extinção. Também terá contra si a oposição muito dura de Léo Moraes, seu sucessor, que não perde oportunidade para tentar criticar o governo passado. Mesmo assim, as chances de Hildon são boas. Ele terá um vice do interior (tem conversado bastante com Jesualdo Pires, nome quentíssimo na região central do Estado) e começa sua caminha desafiadora desde agora.
Outro nome que deve oficializar ainda nos próximos dias sua candidatura ao Governo é o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria. Marcos Rogério já está nesta lista e deve entrar nela, em breve o deputado federal Fernando Máximo. Sérgio Gonçalves, o vice-governador, ainda faz parte dos que almejam a cadeira de Marcos Rocha. Obviamente que surgirão outros nomes, mas os aqui citados são os que estão se preparando para a batalha eleitoral.
DELEGADO LUCAS FALA NOS DINOS SOBRE SUA ATUAÇÃO NA ALE E DIZ QUE CPI DAS RESERVAS NÃO VAI TERMINAR EM PIZZA
É um político ainda jovem e com grande futuro. Entrou para a política por acaso, pressionado por amigos e muitos admiradores. Abriu mão de ser prefeito da sua cidade (Buritis), mesmo com todas as pesquisas lhe dando ampla vantagem, porque considerava que, antes, a comunidade precisava de um deputado estadual, para ajudar a Prefeitura, em ações junto ao Governo estadual. O delegado Lucas Torres tem sido um dos destaques na atual composição da Assembleia Legislativa, com um trabalho respeitado tanto pela população quanto por seus pares. Lucas participou, esta semana, do programa mais popular do rádio rondoniense, o Papo de Redação, com os Dinossauros, quando fez um resumo da sua atuação no Parlamento.
Presidente de uma das mais importantes comissões da ALE, a de Constituição, Justiça e Redação, Lucas Torres tem aberto os encontros para que a comunidade consiga entender como funciona e a importância da CCJR. Mais isso, tem levado os encontros para o interior, em sessões itinerantes e convidado grupos de estudantes de Direito, para acompanharem os debates e votações. São iniciativas que aproximam a população do Parlamento e onde os que participam têm condições de um aprendizado dos mais importantes.
Mas um dos temas mais quentes do bate-papo do Delegado Lucas com os Dinos Beni Andrade, Everton Leoni, Erik Araújo e Sérgio Pires, foi a CPI das Áreas de Reserva, onde ele teve uma atuação destacada. Como policial experientes, ele foi o responsável por conduzir muitas oitivas. A CPI acabou denunciando uma série de ilegalidades e irregularidades ocorridas nos decretos de criação das Reservas. Por isso, Lucas Torres disse, no programa dos Dinos, ter certeza de que esta CPI não terminará em pizza, em, segundo ele, as injustiças cometidas contra os produtores atingidos, serão corrigidas.
SAÚDE DO ESTADO REALIZA MAIOR MUTIRÃO DE CIRURGIAS ORTOPÉDICAS DOS ÚLTIMOS ANOS
Está começando! Depois de longo tempo de preparação e do cumprimento de todas as exigências legais e burocráticas, o governo de Rondônia, via Secretaria de Saúde, começa um dos maiores mutirões de cirurgias ortopédicas já registrados na história desta terra de Rondon. A meta, ousada, é zerar a fila que, em alguns casos, levou dois anos para que o paciente pudesse ser operado. O governador Marcos Rocha deu a ordem e o secretário Coronel Jefferson correu atrás, abrindo parcerias com hospitais privados, para que ao menos os maiores, possam realizar cerca de 50 cirurgias por semana, embora haja alguns que possam até superar este número.
Alguns dos contratos com os hospitais são diretos e outros através de uma empresa que coordena o programa. Em Porto Velho, entre outros, fazem parte do programa os hospitais 9 de Julho, Irmãs Marcelinas e Hospital Central, este, aliás, com condições de realizar mais de 50 cirurgias semanalmente. Jefferson Rocha garante que o mutirão está prestes a começar a, em poucas semanas, deve diminuir radicalmente a enorme fila de rondonienses esperando por cirurgias.
As ações da saúde pública estão ampliando o atendimento em várias áreas. No Hospital de Guajará, por exemplo, estão sendo feitas dezenas de cirurgias de pessoas que estavam na fila há longo tempo. Em várias cidades do Estado, parcerias com grupos privados estão realizando um grande mutirão de cirurgias oftalmológicas. O próximo passo será a compra de um novo hospital em Porto Velho.
PETISTA GAÚCHO QUER PUNIÇÃO A DEPUTADO RONDONIENSE QUE LEMBROU 64 E PEDIU FORÇAS ARMADAS AO LADO DO POVO
Na atual situação em que, dependendo do lado, os parlamentares podem ou não falar alguma coisa, sob pena de serem processados e presos, o rondoniense Coronel Chrisóstomo, do PL, entrou na relação dos que começam a correr este risco. Ele foi denunciado por um petista da cidade de Sapucaia do Sul, no RS, por estar, segundo a denúncia, absurda como as narrativas que norteiam decisões judiciais contra opositores, estar “incitando um golpe de Estado”. O anônimo petista do interior gaúcho se sentiu agredido pelas afirmações de Chrisóstomo, lembrando que quando era criança, “me orgulhei das Forças Armadas em 64”, referindo-se ao golpe militar que derrubou o governo esquerdista de João Goulart. Na mesma frase, o parlamentar disse que “hoje eu quero dizer o seguinte: Forças Armadas, estejam ao lado do povo brasileiro, estejam ao lado da democracia”.
Traduzindo: é crime apoiar um evento histórico. E é crime dizer que as Forças Armadas devem estar ao lado do povo e da democracia. A denúncia foi feita ao Ministério Público Federal, pedindo abertura de inquérito e que o deputado seja ouvido para explicar suas declarações, como se a Constituição, brasileira, aquela que tem sido constantemente pisoteada, não desse total proteção aos parlamentares, em suas falar, durante o mandato.
Tudo isso faz parte guerra ideológica. O que é dito pelos representantes da esquerda, jamais é colocado em dúvida ou sob inquérito, não importa o absurdo praticado ou o que se tenha afirmado. O Brasil, apoiado por seus sistemas Judiciários, principalmente nos tribunais superiores, têm um lado. E Chrisóstomo corre risco, porque está do lado errado.
PAI E FILHO QUEREM SAIR DO CONE SUL, UM COMO DEPUTADO ESTADUAL E OUTRO COMO FEDERAL
A política em família pode funcionar? Para os Neiva, o maior teste vai acontecer no ano que vem, quando o atual deputado estadual Ezequiel Neiva, um dos líderes políticos do Cone Sul vai disputar uma cadeira à Câmara Federal, enquanto seu filho, Wiveslando Neiva tentará chegar à Assembleia Legislativa. Ezequiel já demonstrou ser bom de voto. Depois de 20 anos dedicados à Polícia Militar, elegeu-se pela primeira vez em 2002, reelegendo-se com mais de 10 mil votos. Está em mais um mandato na AL, depois de passar pela subchefia da Casa Civil e ser diretor-geral do DER, no governo de Confúcio Moura.
A dupla se destaca na política de Cerejeiras e de toda a região sul do Estado, Wiveslando seguiu os passos do pai. Iria estrear na corrida das urnas na última eleição municipal, onde aparecia sempre com destaque em todas as pesquisas feitas antes do pleito. Preferiu, contudo, aguardar pelos novos planos, formando uma parceria com o pai para a eleição geral de 2026. Há um grande otimismo entre a dupla, ambos com buscando o apoio do eleitorado, para consolidar uma liderança familiar que já é forte na região.
O projeto é ousado, mas os Neiva acreditam que pelo histórico da atuação de Ezequiel em benefício das comunidades de Cerejeiras e a juventude cheia de planos de Wiveslando, poderão chegar lá. Caso consigam, podem registrar um evento inédito, em que pai e filho formam uma dobradinha e se elegem na mesma disputa eleitoral.
TRE NÃO ACATA RECURSO DE COLIGAÇÃO DERROTADA NA ELEIÇÃO E MANTÉM MANDATO DO PREFEITO FLORI, DE VILHENA
O TRE negou provimento ao recurso proposto pela Coligação da candidata derrotada nas urnas, Raquel Donadon, que visava a cassação do prefeito eleito pelo município de Vilhena, Delegado Flori, pela alegação de suposta prática de abuso de poder político. A acusação era baseada no suposto uso indevido da estrutura administrativa da Prefeitura, em favor da reeleição de Flori, por meio de inauguração da galeria de fotos dos ex-vice-prefeitos; anúncio feito por meio da imprensa da duplicação do perímetro urbano da BR 174; aumento dos gastos com saúde no ano eleitoral; aumento de investimento em programas sociais e revisão da remuneração dos servidores públicos, além de outras supostas irregularidades que a Coligação alegou terem sido praticadas.
O relator do recurso, desembargador Marcos Alaor, considerou que tais fatos não configuram ilícito algum, além de não estarem provados da forma como sustentado pela Coligação derrotada, motivo pelo qual o Tribunal, por unanimidade de votos, manteve a sentença de absolvição proferida pela juíza da Zona Eleitoral de Vilhena, dra. Christian Carla. O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer entendendo que não foi praticada nenhuma ilegalidade pelo prefeito Flori.
Os advogados que representam o prefeito Flori, Nelson Canedo e Cristian Sega, disseram que para a cassação do mandato eletivo de um prefeito eleito com mais de 74 por cento dos votos válidos, como no caso do Delegado Flori, é necessário a prova segura da prática da suposta ilegalidade. Canedo destacou que, afinal de contas “é uma ação que visa anular a vontade da população de Vilhena. E essa prova não foi produzida, como bem pontuou o Tribunal Eleitoral”.
PERGUNTINHA
Passados quatro meses da descoberta da roubalheira de bilhões de reais dos nossos aposentados, sem que ninguém tenha sido preso ou julgado, você ainda tem esperança de que toda a quadrilha seja identificada e punida ou que sobrará para todos nós, contribuintes, cobrirmos o rombo que a ladroagem fez nas contas dos velhinhos?