A equiparação salarial entre farmacêuticos de hospitais e de farmácias voltou à pauta em Rondônia. Em reunião realizada nesta terça-feira (15), em Porto Velho, o Sindicato dos Farmacêuticos (SINFAR) reapresentou a reivindicação ao Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SINDESSERO), entidade patronal dos hospitais privados.
Segundo o SINFAR, os dois segmentos da categoria recebiam o mesmo valor de piso salarial e auxílio alimentação até 2016. No entanto, com o passar dos anos, farmacêuticos hospitalares ficaram para trás em reajustes e benefícios, criando um abismo nas condições de trabalho.
Diferença salarial entre farmácia e hospital
De acordo com estudo apresentado pelo setor jurídico do sindicato, o piso salarial em 2016 era de R$ 3.000,00 em ambos os segmentos, com auxílio alimentação de R$ 15,00 por dia. Já em 2025, os profissionais de farmácias recebem R$ 4.396,10, enquanto os de hospitais continuam com R$ 3.500,00. O auxílio alimentação também teve discrepância: R$ 27,30 pagos pelas farmácias e apenas R$ 16,00 nos hospitais.
O levantamento detalhado das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) está disponível no site do Ministério do Trabalho e Emprego, mostrando os reajustes diferentes ao longo dos anos — com destaque para os anos de 2021 e 2022, quando as farmácias concederam aumentos muito superiores aos dos hospitais.
Novo capítulo das negociações
A rodada desta terça contou com a presença do presidente do SINDESSERO, Rafael Oliveira, e da equipe jurídica da entidade. Representando o SINFAR, estiveram o advogado Itamar Ferreira, a presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Dra. Aline Vieira, e a conselheira Diessica Silva.
O presidente do SINFAR, Antonio de Paula, disse que a expectativa é positiva. “Esperamos uma solução administrativa com os hospitais, diferente da guerra judicial com as farmácias, que envolveu Dissídio Coletivo, Ministério Público do Trabalho e denúncias públicas”, afirmou.
A próxima rodada de negociações está marcada para o dia 29 de julho de 2025, novamente em Porto Velho. A principal pauta continua sendo a equiparação salarial dos farmacêuticos hospitalares, buscando retomar os direitos e a valorização profissional que eram equivalentes até 2016.
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